Por Thiago Albuquerque
Las vegas é o destino de um serrano que vai disputar dois campeonatos de karate no próximo dia 29. Bruno Conde Ferrari Ferreira, de 16 anos, irá para os Estados Unidos disputar o USA Open Karate e Championships & Junior International Cup. Morador do balneário de Manguinhos, o karateca mostra que não brinca em serviço.
Apesar da pouca idade, Bruno possui um porte físico forte que ‘bota medo’ nos adversários.
O atleta pratica a luta desde os três anos de idade. “E lá se vão 13 anos de muita dedicação. Para mim deixou de ser uma “brincadeira” ou apenas um esporte qualquer, hoje sou um atleta de alto rendimento e tento levar os treinamentos muito a sério. A filosofia do Karatê é meu estilo de vida”, narra.
Com a graduação em 1º Dan Hayashi-Há Shito-Ryu (faixa preta), Bruno já perdeu as contas de quantos campeonatos disputou e medalhas conquistou ao longo de treze anos de experiência. As maiores conquistas são: duas vezes 3º lugar no Pan-Americano, 3º lugar no Sul-americano, bicampeão Brasileiro, tricampeão da Copa Brasil e nove vezes campeão estadual.
Bruno treina em frente de casa, onde o pai construiu uma academia exclusiva para o atleta aperfeiçoar sua técnica. Também treina na academia Sol Radiante, em Jacaraípe, com o sensei Ubiratan Fonseca. Entre suas referências, ele conta que sempre tenta se espelhar em quem estiver no top 3 do mundo.
Alimentação e preparação
Até quatro horas por dia. Esta é quantidade de horas que Bruno treina todos os dias, inclusive em alguns finais de semana. “Minha alimentação é bem balanceada e controlada, pois sempre tenho que bater os pesos nos campeonatos e também manter uma boa saúde. Treino todo dia, menos em alguns finais de semana; os treinos variam de uma hora e meia a quatro horas por dia”.
Ele também faz um ciclo de treino para chegar bem na competição. “Todo tipo de treinamento tem seu período: força, velocidade, explosão, tática. Na semana ou no dia, tento esquecer de tudo e me concentrar bastante na vitória”, destaca.
Nada de desânimo
Em 2013, no Pan-Americano da Colômbia, Bruno havia ganhado a medalha de bronze e já estava comemorando. Cinquenta minutos depois os juízes voltaram atrás e deram a vitória para o atleta da casa. “Isso me desmotivou bastante. Mas não foi motivo para me derrubar. Meu lema é ‘se eu não acreditar em mim quem irá acreditar?’”, finaliza.