Caio Dias
Na próxima quinta-feira (27) vai ser realizada uma audiência pública para decidir o futuro do Clube Riviera. Será a partir das 18hs e 30 no auditório da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Leonel de Moura Brizola, na avenida Todos os Santos, Bairro das Laranjeiras. Quem vai conduzir é a secretária municipal de Planejamento Estratégico da Serra, Patrícia Lempê.
Local de prestígio durante as décadas de 1980 e 90, que sediava grandes eventos, shows e animava os frequentadores, o Riviera é hoje motivo de polêmica em Jacaraípe. O clube foi demolido e o terreno adquirido pelo município que iniciou nele as obras de um complexo cultural e esportivo.
As obras começaram em 2011, na gestão do ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT), por meio de um convênio entre Prefeitura e Governo do Estado. No primeiro semestre de 2013, já na administração do prefeito Audifax Barcelos (Rede), as obras pararam. Segundo a prefeitura, por problemas estruturais. No final de 2015, a Secretaria Estadual de Esporte (Sesport) que fazia os repasses para o projeto, extinguiu o convênio entre Prefeitura e Estado.
A última polêmica envolvendo o futuro do saudoso clube serrano aconteceu recentemente. Informações de moradores e comerciantes davam conta que a prefeitura tinha a intenção de vender o terreno do clube e por fim ao projeto. Por vez, a prefeitura afirmou que uma audiência pública seria marcada para a comunidade opinar sobre o destino do Riviera.
Para a presidente da Associação de Moradores de Estância Monazítica, bairro onde fica localizado o clube, o destino deve ser social e em prol da comunidade: “Que seja feita uma escola, uma arena esportiva, mas que seja um equipamento comunitário. Sou contra a venda do terreno para um supermercado”, contou Eliane Custódio da Silva.
“A nossa expectativa é a melhor possível, a Prefeitura já tem nos dado sinais, que está disposta a ouvir e respeitar o interesse da comunidade”, disse Thiago Menezes, secretário da Associação de Comerciantes de Jacaraípe. Thiago afirmou que a Prefeitura enviou equipes ao local para remover uma placa que estava pendurada em fiações e que nesta terça-feira (25) foi fechado o trecho do muro que permitia o acesso de pessoas ao terreno, que acabou virando abrigo de usuários de droga e assaltantes.