Após oito anos governando a Serra, o prefeito Audifax Barcelos (Rede) irá deixar a Prefeitura no fim de 2020. Quem entrará em seu lugar, será o prefeito eleito Sérgio Vidigal (PDT). Um dos gargalos que o próximo gestor terá que enfrentar será o escalonamento da dívida consolidada da Prefeitura, que atualmente está em R$ 475 milhões.
A dívida pública consolidada é o montante total das obrigações financeiras do município, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito (empréstimos), para amortização em prazo superior a doze meses.
Desde o primeiro ano do 2º mandato de Audifax – em 2013 – até o fim de 2020, a dívida consolidada da Prefeitura cresceu 63%, saltando de R$ 291 milhões para os atuais R$ 475 milhões. Um total de R$ 184 milhões a mais em valores nominais.
Esses números foram extraídos por meio do Portal da Transparência da Prefeitura da Serra, já que a Assessoria de Comunicação da Prefeitura não respondeu a demanda.
Entre as explicações para esse crescimento estão as operações de crédito feito pelo atual prefeito. Em um levantamento independente da reportagem do TEMPO NOVO – recentemente publicado – foram identificados um total de R$ 300 milhões em empréstimos para a realização de obras.
No entanto, após a vitória nas urnas no último domingo (29), o prefeito eleito Sérgio Vidigal, citou o valor de R$ 380 milhões em operações de crédito e expressou preocupação com o montante. Na ocasião a Prefeitura da Serra também foi procurada para comentar os números e dar sua versão, entretanto novamente não respondeu a demanda.
Entre os empréstimos levantados pela reportagem estão à obra da Rotatória do Ó em Laranjeiras, que tem prazo para amortização de 20 anos e custará R$ 44,6 milhões. O maior empréstimo foi contratado em 2019, no valor de R$ 130 milhões junto ao Banco do Brasil. O objetivo é fazer obras de drenagem e pavimentação (veja matéria completa sobre empréstimos).
