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Audifax deu as cartas

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Por Eci Scardini

Desde 1983, quando o vereador Hermínio Fraga (PMDB) foi eleito presidente, até hoje foram 18 eleições de Mesa Diretora da Câmara. Mas em nenhuma delas se viu tanta anarquia, desordem, desrespeito, tumulto, quebra de regras, de protocolo, irregularidades e agressões físicas como a do último domingo (01).

Uma vergonha para a Serra, assistida online por quem quisesse vê-la em qualquer parte do planeta. Justamente em um momento em que há no país inteiro um clamor por práticas políticas mais transparentes, éticas, respeitosas e livres de vícios e manipulações.

A sessão começou e foi bem até o fim da posse dos 23 vereadores. O que se notou de errado e quem em nenhuma outra sessão de posse havia acontecido, foi a presença do prefeito Audifax Barcelos (Rede) e sua vice Márcia Lamas (PSB) no plenário. O correto seria que ambos adentrassem no plenário somente depois de eleita a Mesa Diretora, mesmo assim acompanhados por dois vereadores.

Desta vez não. Audifax e Márcia estavam sentados desde o início nas primeiras cadeiras destinadas às autoridades. Exceto por essa falha, o vereador Adriano Galinhão (PTC) – o mais votado nas urnas – comandou bem a primeira fase de instalação da nova legislatura e a posse.

A partir daí, o correto seria ele suspender a sessão, pedir o esvaziamento do plenário, inclusive a retirada do prefeito e vice e dar prazo para a apresentação de chapas concorrentes. E só reabrir a sessão após o prazo estabelecido, com o plenário composto apenas pelos vereadores.

A anarquia começou a partir daí. Galinhão não encerrou a sessão e começou a votação com mais de 200 pessoas no plenário, inclusive o prefeito e a vice. Novo e sem experiência, Galinhão foi manipulado por vereadores mais ‘cascudos’ que compõem a tropa de choque de Audifax. Empolgados com adesão de Neidia Pimentel (PSD) ao grupo, foi montada uma estratégia de boicotar e não dar tempo do grupo da oposição nem pensar direito.

O que chamou a atenção foi a desenvoltura do prefeito no plenário e nas dependências da Câmara. Audifax fez ali papel de vereador, de líder do governo e também de prefeito. Fez tudo o que nenhum outro prefeito fez desde 1983. Deu ordens, articulou, conversou, orientou.

Penetras a torto e a direito

A eleição foi tão avacalhada que, de tanta gente no plenário, tinha momento que ficava difícil distinguir vereador de não vereador. Onde deveria estar só os empossados e a imprensa, tinha cerca de 200 pessoas, entre parentes de vereadores, convidados, autoridades e muitos militantes políticos. A maioria aliados de Audifax.

Na mesa de comando dos trabalhos, que o regimento interno determina que em sessão de posse deva estar somente o presidente interino e o secretário adoc, havia mais de 15 pessoas. Todas dando pitacos a Galinhão, que não suportou a pressão e deixou o vereador Xambinho (Rede) conduzir os trabalhos. No plenário, os vereadores tinham imensa dificuldade em sair e retornar aos seus assentos em virtude da grande quantidade de pessoas.

Com o tumulto generalizado foram inevitáveis as brigas. Um filho do vereador Nacib, revoltado, jogou o livro de posse no vereador Galinhão; uma filha da vereadora Cleuza saiu nos tapas com uma militante simpática a Audifax; o vereador Basílio da Saúde (Pros) não se conteve, esculachou  Neidia e, por pouco, não lhe atirou um extintor de incêndio. O vereador Miguel da Policlínica (PTC), por uma cinco vezes, ameaçou sair no tapa com vereadores da oposição.

Tudo isso em meio aos atropelos regimentais que o processo sofreu, como fechar o protocolo com antecedência, fazer duas chamadas de votação, impugnar a chapa um pela ausência do 1º secretário, sendo que há substituto legal na chapa, entre outros itens que podem ser enumerados.

A cidade foi diminuída

Ainda sobre a confusa e polêmica sessão da Câmara que elegeu a nova Mesa Diretora da casa para o biênio 2017 e 2018, a presença de Policiais Militares portando fuzis, escopetas e pistolas foram deprimentes. Por pouco os presentes não se sentiram como se estivessem entre uma briga de gangues em um morro do Rio de Janeiro.

O tom burlesco da cena dava a impressão que se estava numa assembleia de associação de moradores daqueles bairros ou condomínios mais briguentos, e não na sede do parlamento da maior e mais industrializada cidade do Estado.

Quanto à mudança de lado da vereadora Neidia, é um caso que o tempo é quem vai dizer se ela fez certo ou errado. Ela criou a imagem de uma mulher de briga, de pulso firme, uma guerreira. Agora ela está com a pecha de uma mulher traidora. Concordem ou não, Neidia tem suas razões para fazer o que fez. Ela tem um longo caminho para se desfazer dessa imagem negativa que criou.

Quanto ao prefeito Audifax, conseguiu o seu objetivo: venceu. Mas foi uma vitória feia, que não dá nem para comemorar. Desse jeito ele só consegue chegar ao Palácio Anchieta para audiência com o governador e não para sentar na principal cadeira do poder executivo estadual. Se não mudar o rumo, nem a marqueteira Jane Mary dá jeito.

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