Por Eci Scardini
Após anos de afastamento, o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (PSB) e o ex, deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) podem estar a um passo de um entendimento. Em recente entrevista ao Jornal Tempo Novo, o pedetista admitiu que a polarização entre os dois não é benéfica à cidade e que poderiam trabalhar juntos em favor do município.
A polarização entre Audifax Barcelos e Sérgio Vidigal começou em 2008, quando ambos almejavam a prefeitura da Serra e eram membros do PDT. Audifax, então prefeito, perdeu para o colega de partido numa disputa interna sobre quem disputaria a prefeitura da cidade.
Esta semana, o prefeito Audifax conversou com a reportagem sobre uma possível aproximação com seu antecessor. Confira a entrevista exclusiva ao Tempo Novo.
O ex-prefeito e deputado federal Sérgio Vidigal, em entrevista exclusiva ao Tempo Novo, disse que gostaria que o senhor enxergasse o que vocês poderiam fazer juntos. Como o senhor analisou essa fala dele?
Eu entendi que o Sérgio se referiu sobre o que poderíamos ter feito juntos, caso tivéssemos continuado juntos. Eu gostaria de analisar sob o ponto de vista do futuro, do que podemos fazer juntos para a Serra. Muito se conquistou para a Serra em um período de economia forte, de crescimento econômico; ele nos seus dois primeiros mandatos e eu no meu primeiro mandato.
Esse pensamento leva à reflexão da necessidade de estarem juntos para fazer mais pela Serra?
Eu concordo com ele quando diz que temos que ser altruístas. Nós, que estamos revestidos de mandato público, temos por vocação e obrigação, pensar e fazer o bem ao próximo. No período de escassez de recursos e de crise política nacional como estamos vivendo, talvez se mantivermos o entendimento para deixar as diferenças e o espírito competitivo de lado, poderemos estar construindo uma cidade muito melhor para as pessoas que vivem e trabalham nela. É necessária a união das forças políticas da Serra
Quem dá o primeiro passo?
Só de entendermos a necessidade, tanto ele quanto eu, já demos o primeiro passo. Do ponto de vista prático, entendo por eu ser o chefe do executivo municipal e ele parlamentar federal, devo dar o primeiro passo, uma vez que temos muitos projetos no âmbito federal, nos ministérios, que precisamos viabilizá-los e ele como deputado federal reúne condições de fazer isso em Brasília. Acho que essa iniciativa, mesmo à distância, através do Tempo Novo no seu trabalho enquanto imprensa, já quebrou o gelo e a tendência é ficarmos mais abertos ao diálogo.
Como o senhor imagina que será a reação do mercado político caso isso venha a acontecer?
Eu quero pensar é na reação das pessoas, dos munícipes, dos cidadãos dessa cidade. Se eles entenderem que isso é bom para Serra, que vai fazer avançarmos mais no crescimento econômico e social do município, que aumentarão as chances de obtermos recursos para projetos sociais, de infraestrutura e de mobilidade urbana e nos apoiarem em nossas decisões, o mercado político certamente irá acatar a vontade popular.
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