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Audifax quer fusão da Rede com PPS de Luciano Rezende

Audifax e Marina devem se reunir em janeiro para decidir sobre fusão. Foto: Divulgação

Com as negociações em Brasília avançando, a fusão entre Rede, PPS, PV e Podemos deve sair do papel no 1º trimestre do ano. Caso ocorra, o cenário político no ES pode mudar, uma vez que juntos, estes partidos comandam três das prefeituras mais poderosas do Estado (Serra, Vitória e Cariacica) e ocuparão a partir de 2019, duas vagas no Senado Federal, com Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (PPS). Uma das dúvidas é como vai se comportar o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), que pode entrar em choque interno com o prefeito de Vitória Luciano Rezende (PPS), ambos tem não escondem a ambição de se tornar Governador do Estado daqui a 4 anos.

Segundo o Porta voz estadual da Rede no ES, o jornalista André Toscano, que é um dos nomes de confiança de Audifax, o partido organiza para os dias 19 e 20 de janeiro, em Brasília, o seu congresso nacional, quando será definido o futuro do sigla.

“Percebemos que o discurso da Rede não conseguiu atingir as classes D e E, apesar de ser um discurso renovador que visa sustentabilidade social e econômica. O tamanho das bancadas do PT e do PSL e a dispersão dos partidos de centro esquerda apontam a necessidade de uma nova alternativa progressista para ser o centro. Por isso, a tendência da Rede é uma fusão com PPS, PV e Podemos”, explica Toscano.

Sobre o possível choque de interesses políticos entre Audifax e Luciano Rezende, Toscano avalia que a condição que cada um terminar o mandato de prefeito vai ser decisivo para este contexto.

“A Rede do Espírito Santo defende a fusão, inclusive o prefeito Audifax. O tamanho deles vai contar muito como ambos vão terminar o mandato em 2020, o tabuleiro de 2022 passa por 2020. O foco de Audifax é a gestão para terminar bem e ficar fortalecido”. O Porta-voz minimiza qualquer ruído entre os prefeitos. “Com o PPS sempre tivemos boa relação”, resumiu.

Sobre a linha de sucessão de Audifax na Serra, Toscano diz que será decidido após a fusão. “Está prematuro para essa discussão, e a Rede está discutindo o processo interno. Depois disso vamos passar para a análise do Estado, meta de candidaturas; planos do prefeito, 2020”.

 

 

 

 

 

 

Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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