O ex-prefeito da Serra, Audifax Barcelos continua se movimentando nos bastidores da política para ser candidato a governador do Espírito Santo. Em busca de apoio, Audifax tenta aglutinar um grupo político que pode começar pelo apoio do Democratas, que no ES é comandado pela tradicional família Ferraço. A coluna conversou com líderes partidários e também com aliados de Audifax; de acordo com eles, o diálogo com o DEM já está avançado.
Nos últimos anos, a família Ferraço andou meio isolada na política estadual. O pai, o deputado Theodorico Ferraço, perdeu o comando da Assembleia Legislativa para o atual presidente, Erick Musso. Já o filho, Ricardo Ferraço, perdeu a eleição de senador em 2018; se desfiliou do PSDB e migrou para o DEM. Completa o time de cabeças do partido, a deputada federal Norma Ayub, esposa de Theodorico. Quem está isolado costuma se juntar, e tudo aponta ser o caso dos Ferraço’s e Audifax
Um dos sinais mais perenes desse ensaio aconteceu em maio, quando o ex-vereador da Serra, Edílson Duarte, passou a ser membro da nova diretoria estadual do DEM. Vale lembrar que Edílson é um empresário de sucesso no ES, amigo de longa data de Audifax e tio do ex-vereador Fábio Duarte, que foi o candidato de Audifax a prefeito na eleição de 2020.
Entende-se que a presença de Edílson na composição partidária do DEM ocorreu a pedido do ex-prefeito da Serra, como forma de deixar seu ‘DNA’ político no partido. É certo que não é nenhuma novidade para o empresário, já que quando político, ele era filiado à antiga ARENA e posteriormente ao PFL, que hoje nada mais é do que o próprio DEM. Entretanto, há alguns anos ele tinha se afastado da vida partidária; e retorna agora.
Na Assembleia, o governador Renato Casagrande enfrenta uma oposição numericamente pequena, mas barulhenta; entre eles está Theodorico. Diferente dos demais que levam a disputa para o campo ideológico do bolsonarismo; Theodorico faz uma oposição classicamente política, que tem mais a ver com o arranjo do poder.
Theodorico deu uma declaração recente ao jornal ES Hoje, afirmando que a eleição de governador passa pelas mãos de Audifax. Além isso, de acordo com aliados do ex-prefeito, recentemente Ricardo Ferraço também se reuniu com Audifax, com intuito de se aproximar.
Vale lembrar, que Ricardo foi um apoiador histórico do prefeito da Serra, Sérgio Vidigal; entretanto, desde a eleição de 2018, Ricardo e Vidigal se desencontraram politicamente. E todos sabem: quem não é aliado de Vidigal é potencialmente aliado de Audifax e vice versa.
Esses sinais, quando juntados, começam a fazer sentido: a presença de Edílson no DEM; Ferraço ombreado com Audifax enquanto faz oposição a Casagrande; o fim da relação orgânica entre Ricardo e Vidigal; o próprio isolamento do grupo frente aos partidos da base governista…
A turma de Audifax já elegeu Casagrande como adversário; o próprio Audifax andou soltando críticas à gestão do governador. Tudo que o ex-prefeito precisa é um grupo político para dar solidez aos seus planos de ser candidato a governador, e o DEM pode começar a pavimentar, já que é partido grande nacionalmente, tem acesso a recursos dos Fundos Eleitorais e pode conseguir aglutinar outras siglas.
Além do DEM, outros partidos não alinhados com Casagrande e não dispostos a juntarem com os polos (PT e Bolsonaro) são: MDB, PSD e Republicanos. Além de lideranças ‘soltas’ como o ex-governador Paulo Hartung… Estes todos então por aí, sentando-se regularmente à mesa com o ex-prefeito da Serra para ver se há um consenso.
O ex-prefeito deve continuar na Rede, já que é uma das lideranças com potenciais e que o partido quer investir. Aliados de Audifax afirmam que ele terá R$ 9 milhões para fazer campanha direcionados pela Rede. Esse valor já estaria pactuado em Brasília, e a sigla acredita piamente na perspectiva de vitória do ex-prefeito da Serra.
O plano local está associado ao cenário nacional, que ainda está muito tumultuado. A Rede, como a maioria dos partidos, ainda não sinalizou como vai se comportar na eleição presidencial de 2022; mas Casagrande transita bem em Brasília e o PSB dialoga bem com a Rede. Esses podem ser fatores conflitantes para o ex-prefeito da Serra.
É certo que ele está tentando fazer o dever de casa, começando pelo DEM; e não vai para nenhum dos polos (PT vs Bolsonaro); vai manter um dialogo centrista e moderado, apostando no cansaço dos extremos; Audifax vai apresentar números e experiência de gestão de 12 anos na maior cidade do ES. Ele é bom com números e estatísticas; e ele acua seus adversários na retórica, vai na jugular. Audifax é o pré-candidato mais perigoso para Casagrande até o momento e, se candidato, vai dar muito trabalho e tirar votos direto.
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