Thiago Albuquerque
A uma semana para encerrar o ano, o prefeito reeleito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), segue na corda bamba do limite de gasto com pessoal. Isso porque, em entrevista recente para o Jornal Tempo Novo, Audifax disse que iria diminuir no mínimo 200 cargos comissionados entre novembro e dezembro deste ano para aliviar a folha de pagamento. Porém, até o fechamento desta edição, segundo dados do Diário Oficial dos Municípios e do site de transparência da Prefeitura, Audifax cumpriu menos da metade do prometido.
A reportagem entrou em contato com assessoria do prefeito que admitiu que até o momento não fez os cortes que foram prometidos, exonerando apenas 50 cargos e completou dizendo que “a prefeitura da Serra vem adotando uma política de equilíbrio econômico” .
A partir de levantamentos feitos pelo jornal no Diário Oficial dos Municípios, não consta nenhuma exoneração de cargos comissionados entre o referido período. Já no site da Prefeitura da Serra, os dados vão até o dia 23 de novembro e há registros de 56 exonerações de comissionados, porém foram nove as contratações, fechando em 47 o número de cortes.
Segundos dados do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TC-ES), de 2012 a 2016 houve um aumento de 49% do gasto com pessoal na prefeitura. Pulando de R$ 363,7 milhões em 2012 para R$ 542,6 milhões em 2016.
Além disso, segundo o próprio TC-ES, Audifax está quase no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), no que tange ao gasto com pessoal. Atualmente a PMS gasta 53,69% do orçamento com a folha de pagamento, e a LRF não permite que prefeituras ultrapassem 54%, configurando-se em crime de responsabilidade fiscal.