Clarice Poltronieri
Para quem acha que o comércio em Jacaraípe só tem força na Abdo Saad é porque não passou pelas avenidas Guarani, Minas Gerais e Todos os Santos, que cortam o Bairro das Laranjeiras e outros na região de Jacaraípe.
Quem vive na região nem precisa ir muita longe, pois encontra supermercados; materiais de construção novos e usados; lojas de roupas, calçados e móveis; oficinas de carro, motos e bicicletas; casa de ração; correspondente bancário; padarias; restaurantes; papelarias; dentistas.
Segundo o morador e liderança local, Valdécio de Paula, a região tem mais de 350 comércios, entre pequenos e médios empreendimentos, que atendem principalmente Bairro das Laranjeiras, Lagoa, Magistrado, Jardim Atlântico, Costa Dourada e Residencial Jacaraípe.
“Há uns dois anos fiz uma pesquisa e contabilizei quase 350 lojas. Hoje deve passar de 350, mesmo com a crise. Apesar da Guarani e da Minas Gerais terem sido as primeiras a se desenvolverem, a força está na Todos os Santos, que liga as duas”, explica.
Na Avenida Todos os Santos um dos comércios que impulsionou a região é o supermercado Rede Show. O proprietário, Pedro Nunes, está no ponto há 12 anos e desde então só cresceu.
“Tinha 20 funcionários em uma loja pequena. Hoje são 59 em uma loja de 648m² e estou em expansão. Recebemos entre mil e 1,2 mil clientes todos os dias, independente da época. Desde que cheguei aqui, o valor do metro quadrado triplicou. Em lojas pequenas, de 40 a 50m², o aluguel é em torno de R$1mil”, revela.
Há 13 anos na Minas Gerais, o proprietário da Farmácia Bendel, Maurino Bendel, viu o crescimento acontecer. “Esta foi a primeira farmácia da avenida, hoje há quatro. Era uma lojinha e agora crescemos. A presença do posto de saúde e o lançamento de um condomínio de prédios impulsionou ainda mais o comércio”, relata.
E na Guarani, Alcimar Campos, dono do material de construção Lorenzo, afirma que estava ‘no lugar certo, na hora certa’. “Começamos há 24 anos eu e minha esposa com um funcionário, hoje são 12, mas já foram mais antes da crise. Mesmo assim, o movimento diário é de 100 a 150 pessoas. O crescimento dos bairros do entorno ajudou a manter e de uns oito anos para cá o comércio eclodiu. Só na Guarani são mais de 30 lojas”, conclui.