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Bairro está sendo leiloado na região da Serra–sede

Após o leilão, moradores temem perder seus imóveis. Foto: Bruno Lyra

Bruno Lyra

Conceição Nascimento

Um bairro sendo leiloado. Essa é a situação de Jardim Serra Verde, comunidade localizada entre Muribeca e Belvedere, região da Serra-sede. Casas e terrenos de moradores já foram arrematados e há risco de despejo.

Como se não bastasse, novos leilões estão marcados para junho. O pior é que essa situação foi descoberta por acaso pelos moradores, quando um deles foi a uma lan house para tirar um documento pela internet em janeiro.

Foi o que relatou Hélio Julião. “Vimos que casas e terrenos já haviam sido arrematados por compradores que não sabemos nem quem são. Algumas delas saíram a R$ 7, 5 mil. Temos medo de sermos despejados a qualquer momento”, alerta.

Hélio acrescentou que pelo menos 11 imóveis já foram leiloados, a maioria com gente morando há mais de cinco anos. “Outros vinte imóveis aguardam o leilão, inclusive existem casas com escrituras que constam na lista para leilão”, completa.

O morador disse que cerca de 300 famílias podem ser afetadas com a perda dos imóveis.

Sandra Balbino de Oliveira está indignada. “Minha sogra é proprietária da casa onde moro há anos”.

Já Reinaldo Batista disse que a maioria dos moradores possui recibo de compra dos imóveis, mas há aqueles que possuem escritura. E nem esses casos escapam do leilão.

Comprados

O morador Sebastião Rubens diz que paga IPTU. “Queremos que a Prefeitura dê a escritura para quem não tem, pois aqui tudo foi comprado”, frisa.  “Esses terrenos foram comprados da imobiliária Incil Incorporadora.É um absurdo”, desabafa Adriano Amorim, morador e comerciante do bairro.

O leiloeiro Sued Peter Bastos Dyna confirmou as informações dos moradores e disse que os imóveis já leiloados e que ainda irão a leilão estão vinculados à Ducouro Industrial e Comercial S/A e Artur Vasconcelos Filho. A execução dos leilões seria para pagar dívidas tributárias.

Ameaças

Moradores denunciam ainda que pessoas estão aproveitando a situação, levando documentos de propriedade dos terrenos, emitidos em cartórios dos municípios de Viana e Fundão. Essas pessoas teriam adquirido os lotes diretamente com a imobiliária Incil, e estariam ameaçando os moradores, tendo inclusive expulsado alguns e demolido casas.

A reportagem não conseguiu localizar os responsáveis pela Imobiliária Incil. Já a Prefeitura da Serra preferiu não se posicionar sobre o caso.

 

Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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