Chega a ser constrangedor o show de baixaria protagonizado por certos usuários das redes sociais. No Facebook então, é onde pegam mais pesado, principalmente se o alvo do ataque é figura pública ou político detentor de mandato eletivo. Na cidade da Serra o “espetáculo” é completo.
Pessoas destilando ódio e mau humor acima da média têm agido como se estivessem numa guerra, transformando a tecla Enter numa metralhadora giratória. Na maioria das vezes a agressão vem de pessoas antes aliadas do alvo atacado e que agora se sentem desprestigiadas. Batem sem dó nem piedade.
“Defeitos” não detectados por anos ou décadas são expostos descaradamente. São detentores da verdade e ávidos por vingança. Acometidos por uma cegueira virtual, nem o pífio número de curtidas ou compartilhamentos de suas sandices os fazem cair na real.
Para esses facebuqueiros a internet é uma terra sem lei onde se permite criar factóides e agredir a quem quer que seja e ficar impune. SQN!#SoQueNão. O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos do Homem garante liberdade de opinião e de expressão, mas essa liberdade não é absoluta e não deverá ser usada para incitar a violência e nem ofender a honra alheia.
Quem transgredir corre o risco – segundo a Lei 12.732/2012 – de pegar de três meses a ano de prisão. Ou seja, um passo em falso na rede pode levar o internauta a um local onde a navegação é um pouco mais difícil: a grade de uma prisão. É claro que as agressões não se restringem ao campo político: brigas entre vizinhos e pessoas comuns ganham contornos de novela mexicana. Mas aí já é outra história. Como falo no samba de 2011 do bloco As Moças de Serra Dourada: “Twitter, Facebook e alegria/Sabendo usar não vai faltar…”.