A partir desta terça-feira os bancos entram em greve por tempo indeterminado. A paralisação é nacional e envolverá trabalhadores de bancos públicos e privados. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria na noite do dia 1° de setembro, após a quarta rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que se recusou a atender as reivindicações da categoria.
A greve foi definida na última quinta-feira (01), após o Comando Nacional dos Bancários rejeitar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que propôs um reajuste de 6,5%, aplicado aos benefícios, como vale refeição, alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá, mais abono de R$ 3 mil para os trabalhadores.
Na noite desta segunda-feira, 05, os bancários se reúnem em nova assembleia para organização do movimento paredista. Durante as quatro rodadas de negociação a Fenaban manteve uma postura intransigente e apresentou proposta rebaixada de 6,5% de reajuste para salários, PLR, auxílios refeição, alimentação e creche, mais abono de R$ 3 mil. O índice não repõe sequer a inflação do período, projetada para 9,57% (em agosto) e representaria perda de 2,8% nos salários da categoria.
As principais reivindicações da categoria são reajuste salarial de 14,78% sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos
lucros e resultados de três salários mais R$8.299,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá
no valor do salário-mínimo nacional (R$880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
Acesso aos caixas eletrônicos e funcionamento de agências serão discutidos na noite desta segunda-feira (05), em uma assembleia de organização da greve.