Caio Dias
Se já não estava fácil para o setor de turismo e lazer por conta da crise econômica, com o caos na segurança pública do Estado, a situação piorou mais ainda. A alta temporada para hotéis, pousadas, restaurantes e bares na Serra e no ES acabou muito aquém do esperado.
Outro duro golpe no setor foi o cancelamento da maior feira de mármore da América Latina, a “Vitória Stone Fair”, que aconteceria entre os dias 14 a 17 de fevereiro no Pavilhão de Carapina. O evento não aconteceu também pelo colapso na segurança do ES.
O Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), por meio de nota, informou que por conta da crise econômica, o setor de bares e restaurantes, pelo segundo ano consecutivo, não teve o tradicional aumento do movimento no verão que geralmente é na casa dos 30%. E pior, por conta da crise na segurança, houve prejuízo de cerca de 30%.
O resultado é que muitos estabelecimentos não fizeram as contratações temporárias que sempre aconteciam na alta temporada. Com as contas no vermelho, algumas casas correm o risco de fechar as portas.
O Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Hotéis (Sintrahoteis) também informou por meio de nota, que o Espírito Santo é um dos principais destinos dos mineiros e que algumas agências de turismo de Minas Gerais cancelaram os pacotes turísticos para o Estado. Muitos que viriam para cá mudaram de destino. Antes mesmo do caos na segurança por conta da greve da PM iniciada no dia 04 de fevereiro, donos de hotéis e pousadas da Serra já relatavam queda na movimentação em relação ao verão de 2016, que já tinha sido ruim.
Apesar do cenário negativo, o presidente do Sintrahoteis, Odeildo Ribeiro, é otimista. “O Espírito Santo é lindo, com muitas atrações turísticas que agradam os mais variados gostos. Praias, região serrana, ecoturismo, feiras e eventos de grande porte, culinária maravilhosa e uma gastronomia de primeira. O capixaba é forte, talentoso e vai superar tudo com maestria”, vaticina.