A chamada minirreforma eleitoral aprovada recentemente trouxe menos novidades do que se esperava. Uma das mudanças mais significativas foi a redução do prazo de filiação partidária, que caiu de um ano para seis meses. A exigência de domicílio eleitoral, entretanto, continuou inalterada, permanecendo em 1 (um) ano.
Outra mudança relevante, que está relacionada à redução de custos, foi a redução do período de campanha, que cai de 90 para 45 dias, e do período de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, que cai de 45 para 35 dias. Mas nada disso parece estar realmente valendo. Pelo menos na Serra. É comum encontrar pelas ruas da cidade adesivos tipo “Fulano vem aí” numa clara alusão a uma possível candidatura.
Não apenas isso. Nos bairros, pretensos (pré) candidatos a vereador já começaram a botar o na rua o ”Bloco do Enganation”. Geralmente descabidas e sem qualquer compromisso com a verdade tais promessas, além de ser uma forma de burlar a legislação, mostra bem o caráter de quem as utiliza. Abusando da bondade e até certa ingenuidade do morador, prometem tudo que esteja abaixo do céu.
A lista é extensa e vai desde cargos na futura assessoria até – pasmem! – lote ou escritura de casa. Aliás, o assunto rende até um comentário. Após a promessa da tal escritura, o “escolhido” da vez, um morador de um conjunto na região do Civit, ético ao contrário do “bondoso” candidato, resolveu abrir o jogo informando que no caso dele não seria possível por morar de aluguel.
O corrupto tascou: “Sem problema. A escritura será feita no seu nome mesmo assim”. É hora de o Tribunal Eleitoral lembrar que a campanha só começa em 15 de agosto e que a compra de votos é crime.