Bolsonaristas oficializam chapa pura com Igor Elson na disputa pela prefeitura da Serra
na tarde deste sábado (27), o PL, partido do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, oficializou Igor Elson como candidato a prefeito da Serra. Para a vice, o nome do policial militar Diego Cassotto, conhecido como Cabo Cassotto, também foi confirmado. O PL lançará chapa completa à disputa pela Câmara da Serra, com 24 nomes.
O evento reuniu centenas de pessoas em Laranjeiras, incluindo diversas autoridades partidárias, como o senador Magno Malta e os deputados Capitão Assumção e Danilo Bahiense. Durante todo o evento, Bolsonaro foi ovacionado pelos presentes, apontando que o mote principal será a narrativa nacional entre direita e esquerda.
Magno Malta dominou o microfone por quase duas horas em um pronunciamento de altíssimo teor ideológico. Ele começou falando sobre problemas de saúde que está enfrentando, para depois entrar em aspectos eleitorais. O senador disse que, na primeira gestão do prefeito Sérgio Vidigal, em 1997, ambos foram juntos a Brasília em busca de recursos. Lá, conseguiram condições junto ao Banco do Brasil para quitação das dívidas que a Serra tinha.
Na eleição seguinte, em 1998, Magno esperava que Vidigal o apoiasse para deputado federal, mas na época, o prefeito optou por sua então vice-prefeita, Márcia Lamas. Naquele episódio, Malta afirmou que rachou com Vidigal. O senador afirmou que, já naquele período, os movimentos de direita existiam, mas estavam enclausurados no “poder dominante da esquerda” e precisavam ser “depurados”; um fenômeno que só veio a ocorrer com o surgimento de Bolsonaro no cenário nacional, segundo Magno Malta.
O senador disse que o Brasil está em guerra entre dois lados: “os cristãos, conservadores e pessoas de bem”, referindo-se àqueles que se identificam com a direita bolsonarista; e aqueles que ele considera de esquerda, que, nas palavras dele, foram classificados como “abortistas, comunistas e corruptos”.
Ele ainda fez críticas ao que ele intitulou “Direita Shopee”, em referência à plataforma chinesa de comércio eletrônico. Segundo Magno, essa ‘Direita Shopee’ “se diz de direita” mas estaria alinhada com o PT do presidente Lula, aproveitando vantagens como “cargos federais e ministérios”. Embora Malta não tenha citado nomes, na Serra ele pode ter se referido tanto ao ex-prefeito Audifax Barcelos (PP) quanto a Pablo Muribeca (Republicanos), considerando que ambos estão posicionados à direita no espectro ideológico, porém seus respectivos partidos possuem espaços no governo Lula.
Para Magno Malta, a única direita legítima no país é o movimento bolsonarista: “eles querem usar o PL como escada; nós não precisamos dessa direita Shopee”. O senador ainda usou o microfone para enfatizar que a eleição de 2024 será de fundamental importância para o pleito seguinte, o de 2026, quando os cargos de deputado estadual e federal, além de senador, governador e presidente, estarão em jogo. Ele citou que o plano do PL é eleger “Gilvan da Federal senador da República”.
Ele ainda criticou a população LGBTQIA+ e as Olimpíadas de Paris, que, segundo ele, “blasfemaram” ao fazer uma sátira do quadro ‘A Santa Ceia’ do pintor Leonardo da Vinci. Por fim, Malta expressou total apoio à candidatura de Igor Elson e afirmou com veemência que os bolsonaristas precisam se unir em torno de Igor, que representa os valores “cristãos, da direita e do conservadorismo”.
Igor, por sua vez, fez um discurso que mesclou temas locais com nacionais, apresentando-se como uma alternativa frente à polarização local entre o ex-prefeito Audifax e o atual Sérgio Vidigal. Citou experiências de gestão pública e sua atuação como vereador no 4º ano de legislatura.
O agora candidato a prefeito, Igor Elson, tem 43 anos, é casado e pai de duas filhas. Ele é membro da igreja Maranata há 24 anos, atuando como obreiro. Graduando em Direito, é nascido em Vitória, mas desde recém-nascido mora em Serra Dourada II. Atualmente, reside no bairro Vista do Mestre. Igor foi assessor direto do ex-prefeito da Serra, Audifax Barcelos. Antes de se desvincular politicamente de Audifax, ele ocupou o cargo de Secretário Adjunto de Segurança Pública e Defesa Social durante 1 ano e 3 meses, também foi Secretário de Serviços durante 2 anos e 6 meses e, por último, Secretário de Agricultura durante 6 meses.