Uma cena triste chamou a atenção da comunidade de São Patrício, em Jacaraípe, na Serra. Trata-se da presença de um cachorro durante boa parte do velório do seu tutor, que faleceu de infarto, aos 53 anos. O cãozinho, Fred, ficou ao lado do caixão da vítima durante todo o período da cerimônia e ainda tentou entrar no carro da funerária, que levava o caixão.
O dono do cachorro, identificado como Anderson Simões do Campos – mais conhecido como Dercinho – era morador antigo da região de Jacaraípe e cuidava do animal há anos no comércio da sua família.
Segundo familiares, a vítima de infarto conheceu o cachorrinho em um bar em São Patrício, muito conhecido na Serra. Seu velório aconteceu entre este domingo (24) e esta segunda-feira (25).
Quando o corpo de Dercinho estava sendo levado pela funerária ao velório, o cãozinho reconheceu o dono e fez de tudo para entrar no carro, onde estava o caixão. Depois, entrou para dentro do espaço onde ocorreu a cerimônia e ficou ao lado da vítima durante todo o tempo, muitas vezes balançando a cauda.
Ariely Campos, filha de Anderson, explicou que o cãozinho participou de parte do velório. “Ele estava preso durante a noite, mas conseguiu escapar de dia. Neste momento, ele descobriu onde meu pai estava sendo velado e foi até lá. Assim que conseguiu uma abertura, ele entrou. Depois minha tia chamou ele para ele voltar pra casa, porque apesar de ser um cão muito amado, ele também é agressivo com estranhos”, disse.
De acordo com o morador da Serra, Antônio Carlos Aprígio, a cena comoveu quem estava presente no velório. “É de partir o coração; nesta hora, percebemos que o animal é o nosso verdadeiro amigo, sempre está do nosso lado, Dercinho era meu grande amigo e faleceu de infarto”, explicou.
Sepultamento foi realizado em cemitério da Serra
Anderson, conforme informado anteriormente, faleceu de infarto fulminante. Seu enterro aconteceu na manhã desta segunda-feira, em um cemitério da Serra, na região de Nova Almeida.
O cãozinho vai continuar sendo cuidado pela família da vítima, que vai manter o bar em pleno funcionamento. O comércio é de uma irmã de Dercinho e ela cuidava do animal junto com o falecido.
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