A Caixa Econômica Federal, a maior financiadora imobiliária do Brasil em termos absolutos, o que corresponde a aproximadamente 70% do mercado imobiliário, anunciou na última quinta-feira, dia 02 de julho de 2020, que passará a incluir no financiamento imobiliário os custos com o ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis), que é um imposto municipal, e custos com escrituras e certidões.
Outros bancos, como o Bradesco e o Itaú, por exemplo, já ofereciam esta facilidade, porém, sendo a Caixa Econômica a maior financiadora imobiliária, principalmente através do programa Minha Casa Minha Vida, que atende a parcela mais vulnerável da sociedade, esta notícia causa grande repercussão no setor.
A medida acaba aumentando o valor do financiamento, mas reduz o valor que o comprador precisa ter em mãos para comprar o imóvel, facilitando e tornando mais acessível o financiamento imobiliário.
Antes, quem quisesse financiar um imóvel pela Caixa Econômica deveria ter em mãos um valor de entrada entre 20% a 30% do valor total do imóvel, além de pagar os custos com escritura e certidões, mais o ITBI, que gira em torno dos 3% a 5% do valor do imóvel.
Com a nova política de financiamento, os novos mutuários só precisarão arcar com o valor de entrada, podendo diluir no financiamento os valores com ITBI e demais custos cartorários.
Além disso, A Caixa apresentou a possibilidade de registro eletrônico de imóveis, que vai evitar que o futuro mutuário precise levar a documentação pessoalmente ao cartório. O sistema do Banco foi integrado aos cartórios de 14 estados, e tem previsão de início a partir de 13 de julho de 2020.