A partir de 2025 a Câmara da Serra passa a contar com 25 vereadores. É que foi aprovado, em primeiro turno, durante a sessão desta quarta-feira (16), o Projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal 05/2022, que cria mais dois cargos na Casa.
Durante a sessão não houve discursos, como acontece normalmente. Com o plenário se esvaziando, a sessão foi suspensa por pouco mais de dez minutos. Retomados os trabalhos, foram votados vetos e projetos sem grande relevância. A Mesa colocou dois projetos de Emenda à Lei Orgânica para o final da sessão.
O projeto que cria duas vagas na Casa foi aprovado com 16 votos a favor, 3 contrários e uma abstenção. Votaram contra o aumento no número de vereadores Professor Rurdiney (PSB), Adriano Galinhão (PSB) e Anderson Muniz (Podemos).
Segundo o projeto, as despesas provenientes do aumento do número de vagas ficarão dentro do orçamento da Câmara. Importante lembrar que, com a aprovação, a Casa passa a ter 25 vereadores, com salário R$ 9,2 mil, mais tíquete-alimentação, além de mais 30 assessores.
O que dizem os vereadores:
Entre os votos favoráveis ao aumento no número de vagas está a vereadora Raphaela Moraes (Rede). Ela justifica seu voto:
“Sou legalista e a Constituição Federal prevê que cidades com mais que 450 mil habitantes devem ter 25 vereadores. Também porque dois vereadores a mais com o mesmo perfil fiscalizatório que o meu poderá evitar contratos superfaturados e desvios de dinheiro público, haja vista que são essas denúncias que freiam as ações do Executivo aqui na Serra, o que traz economia aos cofres”, disse Raphaela, que acrescentou:
“Quanto mais gente qualificada tiver na câmara para fiscalizar o executivo, menos desvio de dinheiro público e mais serviços de qualidade chegará a população que mais precisa. Agora compete a população eleger gente capacitada e que tenha coragem de fazer o que precisa ser feito”, afirmou a parlamentar.
Já Anderson Muniz votou contra a proposta, e justifica. “Votei contra os dois projetos de Emenda a Lei Orgânica porque sei que este não é o interesse nem a prioridade da população. Tanta gente desempregada, vivendo com renda inferior a R$ 50,00, nas filas dos hospitais esperando atendimento. Isso não é justo! Além disso, sou coerente nas minhas ações. Na campanha eleitoral preguei contra aumento de gasto público. Por que agora seria a favor? Não quero manchar a minha biografia”, salientou Anderson.