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Por Conceição Nascimento
Após um cabo de guerra que se estendeu por sete meses, a relação entre a Câmara da Serra e o prefeito Audifax Barcelos (PSB) parece estar a caminho de uma calmaria. Prova disso foi a sessão da última quarta-feira (5), quando foi aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em tramitação na Casa desde abril. Outra matéria que aguardava votação era a que cria a Guarda Municipal, também aprovada pelos vereadores após cinco meses de chegada ao Legislativo. A Câmara é presidida pela vereadora Neidia Maura (sem partido).
A paz que reina no plenário, apelidada nos bastidores de ‘bandeira branca da presidente’ é resultado de um entendimento entre os vereadores na última quarta-feira (5), minutos antes da sessão, quando o líder do prefeito na Câmara, vereador Luiz Carlos Moreira, convocou os colegas a para uma ‘agenda positiva’.
“No pacote de ações propus trazer autoridades como a senadora Rose de Freitas (PMDB) e os deputados estadual, Enivaldo dos Anjos (PSD) e federal Lelo Coimbra (PMDB), presidente estadual da legenda, para uma agenda com a Casa. Além disso, sugeri um diálogo com o Executivo, debatendo e votando temas de interesse da população”, listou Moreira.
Com a proposta de desempenhar um trabalho voltado à população, a presidente Neidia Maura garantiu que não se reuniu com o prefeito recentemente, e que a decisão foi tomada em consenso com os colegas de plenário.
“Desde o início do meu mandato como presidente falei sobre uma atuação de harmonia entre os poderes. Vamos trabalhar em prol da população, que espera muito de nós. Sou a presidente dos 22 vereadores e vamos trabalhar juntos”, contou Neidia.
A desarmonia
O embate entre parte dos vereadores da Serra e o prefeito Audifax Barcelos teve início em janeiro, quando a nova Mesa Diretora assumiu o comando da Câmara. A eleição da nova presidente, Neidia Maura, foi questionada na Justiça por um grupo de vereadores ligado ao prefeito.
Os desentendimentos foram se avolumando após um racha na Câmara que, de um lado tinha vereadores ligados ao atual prefeito e, do outro, um grupo mais próximo do ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT). Em função desta divisão, alguns projetos do Executivo eram alvo de questionamentos pelos vereadores, e o prazo regimental para votação esticado.