Por Conceição Nascimento:
Com novo boicote dos vereadores aliados do prefeito na sessão desta segunda-feira (4), a direção da Câmara da Serra resolveu cortar o ponto dos faltosos. Segundo o presidente da Casa, Rodrigo Caldeira (Rede), o caso se encontra na Procuradoria.
“O ponto sobre as sessões ordinárias será cortado. Está nas mãos da Procuradoria, e um vereador entrou com pedido para que não tenha o ponto cortado. Se não tiver justificativa os pontos serão cortados”, adiantou o redista.
Não compareceram à sessão os vereadores Adilson de Novo Porto Canoa (PSL), Alexandre Xambinho (Rede), Cabo Porto (PSB), Guto Loreazoni (Rede), Fábio Duarte (PDT), Miguel da Policlínica (PTC), Quelcia Fraga (PSC), Robinho Gari (PV) e Wellington Alemão (DEM).
Líder do prefeito na Câmara, Luiz Carlos Moreira (MDB), chegou a registrar presença, mas não participou da reunião.
O vereador Fábio Duarte (PDT) apresentou sua justificativa e também falou em nome dos colegas.
“Justifiquei considerando a ilegitimidade da atual Mesa, dante do afastamento determinado pela Justiça. Solicitei que tanto minha ausência quanto a dos demais colegas sejam justificadas”, declarou Duarte.
Anulação e legitimação
A sessão desta segunda-feira (4) foi presidida pelo vereador Adriano Galinhão (PTC), uma vez que o juiz Leonardo Mannarino Teixeira Lopes decidiu pela anulação da eleição da Mesa que tem Caldeira como presidente, orientando nova eleição no prazo de dez dias. O magistrado representa a Vara da Fazenda Pública da Serra.
No entanto, o retorno de Rodrigo Caldeira (Rede) foi determinado pelo desembargador Robson Albanez, o que retira da pauta do Legislativo a votação marcada para a manhã desta quarta-feira (6), para escolha dos membros da Mesa Diretora para o mandato tampão até dezembro. Procurado pela reportagem, Rodrigo Caldeira falou sobre seu curto afastamento da função de presidente e defendeu a harmonia na Casa.
“Espero que tenhamos paz para tocar os mandatos dos vereadores. Se continuar a corda esticada não é bom para o Executivo, para o Legislativo e nem para a cidade”, avaliou.