Por Conceição Nascimento
De acordo com a Constituição federal, municípios entre 450 a 600 mil habitantes – que é o caso da Serra – podem eleger 25 vereadores, atualmente a cidade conta com 23 cadeiras. Se essa norma for aprovada, na prática, será necessário menos votos para ser eleito, o que mudaria o tabuleiro eleitoral para 2016.
O advogado e consultor político Pablo Andrade, explica que com a mudança o coeficiente eleitoral – o número base para partidos elegerem os candidatos – cairia, pois é uma relação de votos válidos dividido pelo número de cadeiras na câmara, beneficiando as maiores bancadas da Casa, PMDB, PT e Rede.
Mas o que se vê nos bastidores da Câmara é que a proposta deve encontrar resistência, pois, em tempos de crise econômica e aproximação do período eleitoral, esta medida seria tida como impopular.
Para a presidente da Câmara da Serra, Neidia Maura (PSD), “acho que 23 é o número ideal, cobre todo o município e as demandas das comunidades. Hoje votaria contra”.
O vereador Aldair Xavier (PTB), defende a redução de vagas “Dezenove vereadores seria um número razoável”.
Outro que se posiciona contrário é Nacib Haddad (PDT). “Sou totalmente contrário. Mesmo que o orçamento da Câmara seja o mesmo, as despesas vão aumentar o que reduziria a possibilidade de devolução do valor excedente à prefeitura”
O líder da bancada do PMDB, Luiz Carlos Moreira faz coro com o posicionamento de Haddad, e classifica a medida como “tapar sol com peneira”.
O vereador petista Sebastião Sabino diz que votaria contra, “em função da economia e da credibilidade, esse projeto não soa bem”
Para que esse o projeto de emenda entre seja aprovado, dependeria de 2/3 de vereadores, ou seja, 16 votos.
Além da Câmara, o projeto de emenda que aumenta o número de vereadores, pode ser iniciado pelo prefeito Audifax (Rede). Até o final do fechamento desta edição, não foi possível o contato com Barcelos.