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Caminhada, ato ecumênico e poesia para celebrar Insurreição do Queimado

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Após a caminhada noturna da Serra-Sede até Queimado o sítio histórico será palco de celebração com membros das religiões de matriz africana e cristã. Foto: Divulgação

Ana Paula Bonelli

Há 169 anos, a Serra foi palco de uma das mais importantes revoltas de escravos do Brasil, a Insurreição de São José do Queimado, antiga vila da cidade às margens do rio Santa Maria. Para celebrar o ocorrido, haverá uma série de atividades no município.

Com o tema “O sangue dos mártires do Queimado exige: parem de matar a juventude negra” a agenda começa nesse sábado (17) e segue até a quinta (22) com poesia, caminhada noturna, celebração, apresentações de capoeira, sessão solene, além de seminários de saúde da população voltada para a população negra da Serra.

O pontapé inicial será dado no sábado (17) com a Caminhada Noturna dos Zumbis Contemporâneos. A concentração será às 21h, na praça da igreja Nossa Senhora da Conceição, na Serra-Sede. A saída está prevista para a meia noite em frente a estátua de Chico Prego, considerado um dos maiores mártir da revolta.

Na concentração, haverá roda de capoeira, sarau poético e contação de histórias, com a participação de Teodorico Boa Morte, Luiz Castello, Mizinho do Samba e Clério Borges.

Serão 18 quilômetros de caminhada e a chegada às ruínas está prevista para às 7h30 do domingo (18). Às 9 horas acontece a celebração afropopular inter-religiosa, que contará com a participação de membros das religiões de matriz africana e das igrejas cristãs católica e protestante.

Para participar da caminhada noturna, é necessário fazer previamente a inscrição que é gratuita. Informações  no tel.: 3291-2446. A agenda continua na terça-feira (20) quando acontece a sessão solene na Câmara Municipal da Serra, com apresentações culturais e homenagens. Nos dias 21 e 22, acontece o seminários de saúde para a população negra da Serra, no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) de Laranjeiras.

O evento é realizado pelo Fórum Chico Prego, com o apoio da prefeitura da Serra, por meio das secretarias de Direitos Humanos e Cidadania (Sedir) e de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer (Setur).

Liderada pelos negros Chico Prego, Elisiário Rangel, Carlos, Domingos e João da Viúva, a Insurreição do Queimado ocorreu após o frei Gregório Maria de Bene não conseguir a prometida liberdade aos escravos que ajudaram na construção da igreja local.  Chico, Carlos, Domingos e João foram presos pela polícia da província e mortos. Elisiário fugiu para as matas do Mestre Álvaro e nunca mais foi visto.

Situação das ruínas na última quarta (14): risco de queda e perda do patrimônio. Foto: Gabriel Almeida

Nova promessa de restauração das ruínas

Apesar de toda a festa em volta dos 169 anos do Queimado, o pouco que restou da igreja de São José do Queimado, palco da Insurreição, continua à espera da restauração. As paredes do templo, que há mais de 15 anos estão seguras apenas por cabos e vigas de aço enferrujados, correm o risco de cair. Há anos Tempo Novo vem noticiando o abandono e neste período ficou visível a deterioração das ruínas, com pedaços do monumento caindo e as paredes cada vez mais inclinadas. 

Nos últimos anos a restauração já foi prometida diversas vezes. Este ano há uma nova promessa.  Segundo secretária de Direitos Humanos da Serra, Lourência Riani, já há uma empresa contratada para fazer a pesquisa arqueológica ao custo de R$ 214 mil.

A estimativa é que a pesquisa fique pronta em maio. Só depois disso é que poderão começar as obras de restauração das ruínas, que devem custar R$ 1,8 milhão, com recursos do estado.   “Estamos correndo atrás ainda do tombamento nacional das ruínas como patrimônio cultural. Quem fará esse levantamento é o  escritório capixaba do Iphan, que para isto recebeu emenda de R$ 150 mil indicada pelo deputado Givaldo Vieira (PC do B)”, frisa.  

 

 

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