Presença de caroços na região do pescoço, lesões na boca que não cicatrizam, dificuldade para engolir, alterações na voz, tosse e rouquidão persistentes são alguns sinais associados ao câncer de cabeça e pescoço.
Neste mês acontece a campanha Julho Verde, voltada para a conscientização e prevenção da doença, que afeta tireoide, laringe, orofaringe, língua e outros órgãos da região.
Apesar da gravidade, essa neoplasia apresenta altas chances de cura se for descoberta no início. A detecção precoce desse tipo de câncer pode alcançar até 90% de cura a partir do tratamento precoce, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).
A médica oncologista Virgínia Altoé Sessa ressaltou que é fundamental ficar atento aos sinais de alerta da doença, pois a falta de informação e atenção aos sintomas podem levar ao diagnóstico tardio.
Ela explicou que os sintomas podem variar de acordo com o órgão afetado, a localização e o aspecto do tumor.
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“Na laringe, por exemplo, a pessoa pode apresentar rouquidão persistente, dor ao engolir, dificuldade para respirar e caroço no pescoço. Na língua podem surgir manchas ou feridas, dor e dificuldade de mobilizar a língua. Já o câncer de tireoide pode apresentar sintomas como nódulo no pescoço, rouquidão, inchaço da parte anterior do pescoço, tosse, dificuldade de engolir ou respirar”, esclareceu a especialista.
Esses tumores são mais comuns em homens, mas podem atingir pessoas de ambos os sexos, principalmente se fizerem parte do grupo de risco. As condições mais associadas ao surgimento de câncer de cabeça e pescoço são tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, a infecção por alguns vírus, como HPV e EBV, e a falta de higiene bucal.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), fumantes têm cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de cabeça e pescoço. No caso do consumo excessivo de álcool, esse índice sobe para dez vezes.
“Tão importante quanto estar atento aos indícios da doença para favorecer o diagnóstico precoce é evitar a exposição aos fatores de risco dessa doença”, completou a oncologista Virgínia Altoé Sessa.