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Candidato a vereador na Serra é o que mais pode gastar

Dois extremos: Basílio da Saúde foi o que menos gastou na campanha de 2012. Já Aécio foi o campeão de gastos. Foto: Arquivo TN

Por Conceição Nascimento

Os candidatos a vereadores da Serra são os que mais vão poder gastar na campanha eleitoral no Estado, com limite de R$ 99.867,43. Já para os candidatos a prefeito no município, o teto ficou estabelecido em R$ 1.663.749,63, perdendo apenas para a capital Vitória. Os valores correspondem a 70% dos maiores gastos na campanha de prefeito e vereador em 2012.

Liderar o ranking de teto de gasto para vereador se deve ao fato do petista e atual vereador Aécio Leite ter sido o candidato que mais declarou gastos no ES na campanha eleitoral de 2012, um montante de R$ 142.674,70.

“Pra mim é tranquilo. Nossa prestação de contas foi fiel aos nossos gastos. Ficou melhor para todos os candidatos”, pontua.

Na outra ponta, o vereador Basílio da Saúde (Pros) foi o que fez a campanha mais modesta em 2012, com gastos declarados de R$ 12.339 mil.

“Minha prestação é verdadeira e, pra mim, foi moralizadora a mudança nas regras eleitorais. É desigual um candidato gastar tanto e outro não ter recursos”, avalia Basílio.

Para prefeito, quem definiu o atual limite foi Sérgio Vidigal (PDT), que declarou gastos de campanha em 2012 na ordem de R$ 2.157.027,80, seguido por Audifax (Rede) que declarou R$ 1.960.409,94.

O presidente municipal do PT, Cleber Lanes, disse que considera benéfico para o processo eleitoral o limite de gastos.

“No passado fazíamos campanhas vendendo broches, camisetas e brindes para arrecadar dinheiro. O partido cresceu, ocupou espaços da instituição e passou a copiar os partidos tradicionais. Isso permite que um candidato popular, sem ligação com empresa ou grupo, tenha diminuída a distância na competição entre os candidatos mais populares e os ligados a grupos econômicos”, avaliou Lanes.

Presidente do PPS e ex-vereador da Serra, João Batista Piol acredita que as alterações tendem a melhorar e equilibrar a disputa eleitoral. “O candidato vai ter que caminhar mais e fazer contato direto com o eleitor. Será uma campanha oficialmente mais igualitária”, avaliou.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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