Por Thiago Albuquerque
Tudo que está ruim pode piorar. Isso porque uma nova ameaça pode mergulhar a segurança pública do ES no caos total. Quem afirma essa situação alarme é o presidente do Sindaspes – Sindicato dos Penitenciários do Espírito Santo, Sostenes Araújo. Com a paralização da Polícia Militar, e uma possível greve da Polícia Civil, que carregaria consigo a categoria dos Agentes Penitenciários, os presídios do Estado podem começar a ter problemas com fugas e rebeliões em massa.
Perguntado sobre a possibilidade dos presídios entrarem em colapso, o presidente do Sindaspes, foi claro, “Com certeza, principalmente com os caos que a sociedade está vivendo, não sabemos até onde essa milícia vai agir, uma vez que o sistema penitenciário está lotado, sem servidor suficiente, existe sim uma preocupação”, frisa ele.
Segundo ele, a categoria pode entrar em greve também. “Vai acontecer uma assembleia hoje (09) da Policia Civil, às 13h, e o que eles resolverem, nós, que teremos uma na segunda, devemos aderir igual, vamos participar a convite do presidente do Sindipol – Sindicato dos Policias Civil do Espírito Santo”.
Ele fala de um movimento paredista, que luta pelos direitos não tão diferentes como os da PM, como melhores condições de trabalho, concurso público, benefícios, reajustes de salário.
“Estamos sofrendo com a falta de segurança, e outro problema que vamos enfrentar é depois dessa situação, quantas pessoas serão presas após essa situação?, imagina o que vai virar depois com mais presos nas cadeias que não suportam mais ninguém”.
Apesar da fala alarmante do Sindaspes, há dois dias a reportagem do Jornal Tempo Novo entrou em contato com a Secretaria de Estado da Justiça que afirmou que não há risco de revoltas ou fugas em massa nos 35 presídios do Espírito Santo.