Ideias novas sem o risco de se aventurar no duvidoso em meio à pandemia. É com essa proposta que o PSDB de Fundão lançou na noite da última quarta-feira (15) o administrador Carlos Magno para a prefeitura municipal. Nascido e criado na cidade, ele pregou união e o fim das brigas políticas para colocar Fundão na rota de investimentos estaduais e federais.
Na convenção ocorrida na Avenida Florêncio Simoura, Bairro São José, em Fundão, o partido resolveu lançar uma chapa puro sangue, com o ex-vereador Carlos Augusto Souto Pimentel de vice. Carlos Magno é genro da experiente ex-prefeita Maria Dulce.
“Nesse cenário de pandemia e pós-pandemia as contas públicas estão arrasadas, muita gente ficou desempregada e sem renda. Por isso, os moradores vão depender de uma prefeitura atuante e com um olhar humano para os problemas da cidade. Devemos trazer ideias novas, mais conectadas com o mundo tecnológico e inovador, entretanto, sem dar o luxo de se aventurar. É pensando nesse equilíbrio que o partido optou pelo meu nome”, disse Carlos Magno.
Além dele, o contexto eleitoral de Fundão deve contar com pelo menos mais duas candidaturas: Eliazar Lopes (Podemos), que é o atual presidente da Câmara de Vereadores; e Gilmar de Souza, o Gil (PSB), que foi prefeito por três vezes na cidade. A dúvida ainda recai sobre o atual prefeito, Joilson Nunes, o Pretinho (PDT), que não se firmou na disputa.
De acordo com Carlos Magno, para deslanchar, Fundão precisa de articulação estadual e federal e citou a importância geográfica da cidade.
“Fundão é o menor município da Região Metropolitana em termos populacionais, mas temos uma importância muito grande, pois somos a porta de entrada norte da Grade Vitória. Tudo que chega do norte brasileiro pelo ramal rodoviário em direção a Serra, Vitória ou Vila Velha e até Rio de Janeiro, por exemplo, passa em Fundão. Temos muita área de expansão e podemos no futuro ser polo industrial e logístico, sem perder nossos costumes e características interioranas, para isso a prefeitura precisa de articulação”, defendeu Carlos Magno.
Ele citou projetos como a criação de polos industriais; o Contorno de Fundão; e de investimentos em turismo para a região litorânea de Praia Grande.
“Precisamos aproximar Fundão do Governo do presidente Jair Bolsonaro, e isso só é possível por meio de um prefeito articulado e corajoso. Temos que parar de perder tempo com essas brigas locais, montar um time bom e ir para Brasília lutar pelo que é nosso; tem que bater na porta dos Ministérios e reivindicar investimentos. Estamos perdendo tempo, veja o exemplo de Iconha, uma cidade com menos habitantes que Fundão, mas que se articulou e conseguiu o Contorno de Iconha no valor de R$ 80 milhões”, detalhou.
E completa: “precisamos debater com a Eco-101 um projeto para um Contorno de Fundão, estamos vendo o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que está fazendo obras no Brasil todo, Fundão também merece. Precisamos brigar por convênios com o Governo do Estado para fazer calçamento de ruas em Praia Grande, por exemplo. Todo ano vejo milhões de reais em convênios indo para a Serra, e aqui nada. Nosso turismo precisa de melhorias em infraestrutura. Quando falo de investimentos, estou me referindo a empregos, renda, desenvolvimento, oportunidades para nosso gente crescer na vida”, disse o pré-candidato a prefeito.
Carlos Magno se diz animado com a disputa e acredita que a população vai reconhecer os avanços que foram feito nos anos em que seu grupo administrou a cidade. “Muitos não acreditavam que eu seria candidato, mas estou aqui, mesmo com as mentiras que contaram e as armadilhas que montaram contra minha família. Mas eu entendo e os perdoo, só jogam pedras em árvores que dão frutos. Deus nos guiou e continuamos firmes”, disparou.