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Gabriel Almeida
Na época da colheita nos eucaliptais que a Fíbria mantém na Serra, a rodovia ES 010 é utilizada pelas carretas bitrem para o transporte da madeira até a fábrica de celulose localizada em Barra do Riacho, Aracruz.
No meio do caminho, as comunidades de Nova Almeida, na Serra e Praia Grande, em Fundão. Ambas são impactadas pelo tráfego dos veículos, que além disso, usam a ponte sobre o rio Reis Magos, cujo limite máximo de peso é de 23 toneladas por veículo. Carregadas, as carretas podem passar de 40 toneladas.
A moradora de Praia Grande, Ana Maria Brandão, é uma das que sofrem com o tráfego pesado. “Minha casa fica em frente à rodovia e as paredes estão rachadas por causa do tremor que as carretas causam. Acho um absurdo, além de atrapalhar o trânsito deixa buracos no asfalto”, enumera.
Ana Maria também teme pela estrutura da ponte. “Já vi até duas carretas passando de vez por cima da ponte. Não sei o quanto a ponte pode aguentar de peso. Mas as carretas parecem ser muito pesadas”, diz.
De acordo com o ainda presidente da associação de moradores de Nova Almeida e vereador, Roberto Catirica, o peso limite da ponte é de 23 toneladas. “Os moradores ficam de olho no tamanho da carga e altura para observar se está muito pesada ou não”, explica.
Catirica disse que a comunidade solicitou à Fíbria que as carretas não circulassem no horário de saída e entrada dos estudantes das escolas. E que também retire as cascas de eucalipto que caem das carretas e sujam a rodovia.
Mas moradores das duas comunidades garantem que os veículos circulam no início da manhã, na hora do almoço e no final da tarde, horários em que há entrada e saída de estudantes das escolas.
Responsável pela manutenção da rodovia ES 010 e da ponte, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), através da sua assessoria de imprensa, não falou especificamente sobre a denúncia do excesso de peso na ponte. Disse apenas que mantém convênio com a PM por meio do Batalhão de Trânsito para fiscalizar as condições dos veículos e as vias.
Já a assessoria de imprensa da Fíbria não retornou os questionamentos feitos pela reportagem.