O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) intensificou com força suas andanças na Serra. Toda semana, o PDT faz reuniões em bairros, em que Vidigal é a ‘estrela’ do show. Publicamente, ainda faz joguinho de esconde-esconde, mas nos bastidores está escancarado para quem quiser ver: é candidatíssimo a prefeito da Serra.
Para atingir esse objetivo, Vidigal tem muitos adversários, mas o ex-prefeito sabe quem ele tem que ‘atropelar’ no curto prazo: o deputado licenciado e secretário estadual Bruno Lamas (PSB).
O PSB é partido grande, vai ter recursos dos fundos Partidário e Eleitoral, têm militância de rua, tem movimento de juventude (segmento em que Vidigal é deficitário), além de ser o partido que governa o Estado, por meio de Renato Casagrande, que se resolver entrar de cabeça na eleição, pode emprestar todo o seu poder de influência para mexer no tabuleiro.
Por isso, Vidigal quer tomar de assalto o PSB, mas esbarra na família Lamas, que é um ‘problema’ para ele. Já se percebe um movimento de bastidor para ‘fritar’ Bruno, do qual Vidigal é um dos patrocinadores, de acordo com burburinhos de bastidor.
Lideranças alinhadas com o ex-prefeito têm dito por aí que Bruno não será candidato e que “a única solução” é abrir espaço na passarela para o PDT sambar. Ocorre que Bruno Lamas não é bobo e já percebeu o movimento de Vidigal.
Tanto é que em recente entrevista concedida ao TEMPO NOVO, o secretário estadual se posicionou vigorosamente e disparou: “A Serra está cansada de Vidigal”.
Bruno tem (pelo menos) duas cartas na manga: não tem rejeição alta – diferente de Vidigal – e não têm histórico de problemas judiciais, que é um ‘tendão de Aquiles’ para o ex-prefeito. A disputa pré-eleitoral já começou com força, e tanto Bruno como Vidigal sabem que têm um ao outro como seus adversários de curto prazo; isso visando o domínio de um polo político, o de Casagrande.