Casagrande anuncia pré-candidatura e cita avanços mesmo com pandemia: “mar calmo não faz um bom marinheiro”

Na tarde desta segunda-feira (11) o governador Renato Casagrande (PSB) oficializou a sua pré-candidatura a reeleição. Informação que já era dada como certeza no meio político, mas que ainda carecia de um ato oficial. Casagrande aparentava muita animação e descontração; e fez no primeiro momento um discurso que dimensionou a gestão nos últimos três anos e meio. Por fim ele respondeu as perguntas dos jornalistas presentes.

Casagrande disse que evitou falar de eleição para focar na gestão pública, mas que diante do calendário eleitoral, precisou dar o primeiro passo que é assumir a pré-candidatura a reeleição ao Governo do Estado.

O governador afirmou que assumiu o estado em 2018 com a missão de fazer o ES “voltar a crescer” e “tirar aquela condição de pouco investimento e poucas ações”; de acordo com ele, essa missão foi cumprida.

Casagrande ainda citou as tragédias das fortes chuvas no sul do ES em 2020 que destruíram 35 municípios no Espírito Santo. “Tivemos que reconstruir aqueles municípios que foram varridos pelas fortes chuvas. Quando parecia que tínhamos passado por um período grave, chegou à pandemia, um evento totalmente desconhecido que exigiu muita capacidade de integração e articulação do Governo com a sociedade capixaba para que a gente conseguisse romper esse desafio”, disse Casagrande.

O governador afirmou ainda que nos períodos mais agudos da pandemia, foram necessárias medias “consideradas às vezes como antipáticas, mas que numa hora de guerra”, disse, “exigiu com que fossem tomadas as decisões acertadas, em detrimento as decisões mais fáceis”, completou.

Casagrande afirmou que o ES virou referência no combate à pandemia em um momento “de um país dividido entre a negação da ciência e a importância dada as orientações pelos profissionais da área da saúde”. O governador citou desafios como a inflação e as “permanentes Fake News” da qual algumas “davam importância a medicamos sem eficácia nenhuma e não dava importância a vacinação, ao uso de mascara e o afastamento das pessoas”.

Ele citou a decisão de não abrir hospitais de campanha como acertadas, diferente do que uma parcela da população defendida à época: “decidimos investir nos hospitais que já tínhamos e deixamos um legado de equipamentos novos e ampliados, mas naquela época muitas pessoas não entendiam; a gente que está no Governo precisa ver sempre um pouco mais adiante”, defendeu.

O governador ainda citou que a economia do ES é uma das que mais cresce no país e proporcionalmente mais gera empregos. “Estamos em processo crescente de retomada de investimos em infraestrutura, no ano passado fomos o 2º estado que mais fez investimentos”, e elencou alguns deles, como o Trevo de Carapina, o Contorno de Jacaraípe e a Abido Saad, por exemplo, na Serra.

O Governador ainda estimou que mais “4 ou 5 anos toda a Grande Vitória vai ter 100% do esgoto tratado”; Citou também índices relacionados a violência: “tivemos os menores índices de violência da série histórica, temos o Programa Estado Presente, estávamos em 2º mais violento e hoje somos o 13º com políticas de Estado; em mais alguns anos estaremos entre os 5 menos violentos do Brasil”.

Já no final do discurso, Casagrande disse que o ES apresenta os melhores números relacionados à Educação no ensino médio e que foram abertas mais de 100 escolas de tempo integral em parceria com as cidades.

“Temos a menor mortalidade infantil do país, somos o estado mais transparente do Brasil, divulgado pela entidade Transparência Internacional. Isso é importante, pois a transparência é o que mata o germe o vírus da corrupção”, elencou.

E cravou: “o que fizemos é a base para o que estar por vir; estou muito feliz. É o dever da responsabilidade que me chama pela quantidade de ações e desafios que ainda temos, com todo o meu conhecimento sobre o ES e minha capacidade de dialogar com quem pensa diferente”, finalizou.

A respeito da campanha eleitoral em si, Casagrande afirmou que vai “desconsiderar os poucos que só querem brigar” e que vai acionar a “Justiça com falsas narrativas e fake News”, mas não entrará “em disputas que não levam a nada”. Disse também que as escolhas de vice e de senador na chapa estão em aberto.

“Vou continuar do jeito que sou; não faço essas narrativas falsas e tento diminuir o trabalho dos outros, vou respeitar quem quer disputar a eleição, respeito à posição de todos, quero fazer política de alto nível; mar calmo não faz um bom marinheiro, depois de todas essas dificuldades que enfrentamos, ainda sim conseguimos avançar com o Estado de pé, fortalecido com um governo que realiza e que avança nas melhores colocações em boa parte das áreas fundamentais”, finalizou o governador e agora oficialmente pré-candidato a reeleição.