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Casagrande decreta novo estado de calamidade pública no ES por causa da Covid-19

Decreto foi publicado pelo governador nesta quarta-feira. Foto: Divulgação

Por conta da pandemia causada pelo coronavírus, um novo estado de calamidade pública do Espírito Santo foi decretado, pelo governador Renato Casagrande (PSB), nesta semana. O decreto tem validade de 180 dias, contando a partir desta quarta-feira (30), e vai substituir o anterior que venceu ontem (29). Em todo o Espírito Santo, já são 130.714 casos confirmados e 3.538 mortos pela Covid-19. Desses totais, 503 óbitos e 15.895 confirmações são de moradores da Serra.

Com o decreto, o governo do Estado pode realizar obras e comprar equipamentos necessários para o combate à Covid-19 sem ser necessário a realização de licitações. No Estado, essa prática já estava dentro das normas, pois existia um decreto com as mesmas determinações do novo documento – apenas com algumas diferenças. Casagrande explicou o motivo de ter estendido a medida.

Para justificar, o chefe do Executivo disse que o Estado já soma mais de 3 mil mortos entre os mais de 120 mil infectados pelo vírus. Ainda segundo ele, existe a necessidade do Estado dar uma resposta célebre para evitar a proliferação da doença. O governador também citou a “necessidade de ações para assistir a quantidade de infectados” e de “fortalecer estruturas de atendimento e controle aos afetados”.

+ Transmissão da Covid-19 aumenta e Casagrande diz que poderá fechar atividades econômicas novamente

Vale lembrar que o estado de calamidade pública ajuda os governos a tomarem medidas rápidas para diminuir efeitos do coronavírus. Essa ação foi realizada em diversos estados brasileiros desde o agravamento da pandemia de coronavírus. Na prática, decretar calamidade pública reduz a burocracia nas compras e obras executadas que têm relação com a pandemia.

O texto publicado no Diário Oficial desta quarta-feira diz ainda que algumas linhas de crédito lançadas pelo Estado também dependem do decreto, que classifica a situação como desastre natural do tipo de doenças infecciosas virais.

Diferente do decreto anterior, que precisou ser aprovado pelos deputados estaduais, esse novo não precisa ir para a Assembleia Legislativa, já que não tem cunho tributário e não autoriza o Estado a flexbilizar o orçamento.

Conforme informado pelo TEMPO NOVO, também nesta semana, Casagrande alertou a população sobre a necessidade de fechar comércio e outras atividades econômicas caso as “aglomerações exageradas” continuem ocorrendo no Espírito Santo. O governador ainda disse que houve um aumento da taxa de transmissão da Covid-19. Cenas de desrespeito as determinações de distanciamento social e uso de máscara são comuns na Serra,  inclusive acontecem juntamente com a superlotação de bares e praias.

“Com a taxa de transmissão aumentando, vai aumentar a ocupação dos leitos e os óbitos. Bom compreender que não resolvemos a pandemia, a pandemia está presente e precisamos contar com a responsabilidade de cada um de nós. Se a gente quiser que as atividades econômicas e sociais continuem funcionando, precisamos mudar nosso comportamento. Se não mudar, daqui a pouco teremos que tomar medidas restritivas porque a matriz de risco aponta: se aumentar óbito, vamos ter que de novo fechar”, disse o governador.

Casos de coronavírus e óbitos na Serra

Sendo a segunda cidade do Espírito Santo com o maior número de casos confirmados e mortes por coronavírus, a Serra registrou, em apenas 24 horas, mais 134 moradores infectados e um óbito causados por complicações geradas pela doença. Enquanto isso, o índice de isolamento social – que identifica quantas pessoas estão em casa – continua despencando na cidade. Bares, praias e ruas de comércio sempre registram cenas de aglomerações.

De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o município já possui 15.895 pessoas que foram contaminadas, 503 mortos e 14.939 pacientes considerados curados da Covid-19. Ainda assim, os números de infectados e mortos é bem menor do que os registrados nos meses anteriores, quando eram de seis a oito mortes em apenas 24 horas.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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