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Casagrande determina que todo efetivo da PM trabalhe no dia de ato pró-Bolsonaro; 7 de setembro

Todos os policiais terão que estar de serviço no dia 7 de setembro, mesmo sem irem às ruas em patrulha. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Após a descoberta de que policiais estariam se manifestando para participarem das manifestações do dia 7 de setembro – onde milhares de pessoas devem ir às ruas em atos de apoio ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) – o Governo do Espírito Santo determinou que todo o efetivo da Polícia Militar esteja fardado e trabalhando entre os dias que antecedem, durante e depois do dia sete do próximo mês.

O documento que convoca todos os militares ao serviço foi publicado nesta quinta-feira (26) e ainda impede que seja concedido qualquer tipo de dispensa no período de 03 a 12 de setembro de 2021, e as que forem concedidas, deverão se encerrar até o dia 03 de setembro de 2021. A determinação foi assinada pelo Subcomandante-Geral da PMES, Ronaldo Mutz.

Informações de bastidores dão conta de que a medida do governo de Renato Casagrande (PSB) foi tomada para evitar que policiais militares participem das manifestações do dia 7 de setembro. Nesta semana, uma reportagem do jornal Folha de São Paulo afirmou que militares capixabas estariam se mobilizando e convocando colegas de farda para participarem do movimento pró-Bolsonaro.

Fontes ouvidas pelo TEMPO NOVO afirmaram que os policiais foram pegos de surpresa. “Todo o efetivo da ativa da Polícia Militar e, acredito que isso também aconteça com os Bombeiros, estará de serviço no dia 7 de setembro. Quem não estiver fazendo patrulhamento na rua, vai estar recolhido dentro dos quartéis fardados e armados”, disse uma delas.

As fontes afirmam ainda que isso está sendo feito também em outros estados e tem como objetivo impedir que policiais militares que estejam de folga ou férias vão às ruas durante as manifestações.

Medida do Estado é controversa

A medida do Governo do Estado na tentativa de inibir apoio dos militares nas movimentações do próximo mês pode ser considerada controversa. Isso porque, um dia antes da determinação, a Polícia Militar do Espírito Santo disse que não havia indícios de movimentação de policiais capixabas para participarem dos atos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro para o próximo dia 07. A afirmação foi divulgada em formato de nota.

O assunto tem gerado grande polêmica, já que pela lei, manifestações político- partidárias de PM’s e das Forças Armadas são proibidas. Entretanto, o coronel Alexsander Lacerda, da Polícia Militar de São Paulo, postou em redes sociais convite para as manifestações. Ele foi afastado do cargo pelo governador João Dória (PSDB) após as publicações.

João Dória e outros governadores acusam o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores de estimularem e defenderem o fechamento de instituições democráticas como, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Redação Jornal Tempo Novo

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