Casagrande e Vidigal bem perto de selarem aliança

Conceição Nascimento

A poucos dias da sua convenção nacional,  confirmada para 20 de julho, em Brasília, o PDT tende a caminhar com o PSB. O impacto dessa dobradinha agora segue em todo o país, inclusive no Espírito Santo, especialmente após o anúncio do governador Paulo Hartung (MDB) de que não disputará a reeleição.  As conversas entre os dois partidos devem acontecer neste fim de semana. Segundo informou o presidente estadual do PSB, Luiz Ciciliotti, no encontro serão ouvidas as lideranças das duas legendas sobre o que esperam dessa costura.

O presidente estadual do PDT, Sérgio Vidigal, disse que a saída de Hartung do cenário eleitoral o deixa mais à vontade para se movimentar junto ao PSB. “Se o Paulo fosse candidato, com certeza eu teria um argumento maior junto ao PDT, se esse fosse o melhor projeto para o partido e não atrapalhasse o projeto nacional; no caso de Paulo não ser candidato me deixa muito mais à vontade. Pelo projeto nacional, eu sou partidário, eu não descarto essa possibilidade [de apoio a Casagrande]” disse.

Vidigal não esconde o histórico negativo entre ele e o ex-governador Renato Casagrande, mas diz que vai respeitar a decisão partidária. “Em termo local nas últimas eleições a nossa relação não foi muito boa; o PSB se colocou como opositor da gente desde 2012; mas o partido ter candidato a governador em troca de viabilizar a candidatura de presidente, isso é importante pra gente. O que eu preciso do PSB para facilitar minha ida é garantir o apoio a Ciro no ES”, acrescentou. 

O PSB confirma agenda neste final de semana e acredita que Vidigal deve fechar com Casagrande. Quem informa é o presidente do PSB, Luiz Ciciliotti.

“Amanhã ou sábado (13-14), vamos ter uma conversa com o PDT. Tem grandes chances de oficializar uma aliança na próxima reunião do Diretório Nacional, dia 19. Então há uma possibilidade grande de o PDT caminhar conosco”. 

Sobre as condições dessa costura eleitoral, Ciciliotti não adiantou. “Na conversa que tivemos anteriormente, o Paulo Foletto (deputado federal) ofereceu a vice para o PDT, mas não era o partido. Vamos ouvir como o PDT pode nos ajudar nesse projeto no Estado e saber qual é a condição do PDT em relação ao PSB”, adiantou.