A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) liberou 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para socorrer pacientes com coronavírus de Manaus, capital do Amazonas. A cidade vive um colapso no sistema de saúde e, segundo médicos, a falta de oxigênio já matou pessoas que estavam internadas para serem tratadas da Covid-19.
O anúncio da disponibilidade de leitos foi feito pelo governador Renato Casagrande (PSB) na tarde desta quinta-feira (14). “O Espírito Santo está disponibilizando 30 vagas de UTI-COVID para atender pacientes do Amazonas. Temos condições de recebê-los a partir desta madrugada”, explicou o chefe do executivo capixaba.
Casagrande não especificou em quais hospitais esses pacientes serão internados, mas há informações de que um deles é o Dr. Jayme dos Santos Neves, em Morada de Laranjeiras, na Serra. Por meio de sua conta oficial do Twitter, disse que “o momento exige solidariedade e união dos Estados em prol das vidas humanas”.
Leia também: Hospital da Serra pode receber pacientes de Manaus com Covid-19 após colapso no Amazonas
Vale destacar que o Hospital Jayme é referência no tratamento para o coronavírus em todo o Espírito Santo. O TEMPO NOVO entrou em contato com a Sesa para saber se hospitais da Serra receberão os pacientes, mas ainda não obteve retorno. Assim que a demanda for respondida, essa matéria será atualizada com as informações recebidas.
O ES está disponibilizando 30 vagas de UTI-COVID para atender pacientes do Amazonas. Temos condições de recebê-los a partir desta madrugada. O momento exige solidariedade e união dos Estados em prol das vidas humanas.
— Renato Casagrande (@Casagrande_ES) January 14, 2021
Situação de Manaus
Nesta quinta-feira, a situação voltou a se agravar em Manaus. De acordo com profissionais de saúde que trabalham no atendimento de pacientes com coronavírus, pessoas estão morrendo devido a falta de balões de oxigênio.
Em conversa com o jornal ‘Folha de São Paulo’, o pesquisador Jesem Orellana, da Fiocruz-Amazônia, afirmou que está recebendo fotos e vídeos sobre a situação e afirma que possivelmente “uma ala inteira de pacientes morreu sem ar”.