O Governo do Estado admitiu, na manhã desta segunda-feira (27), que não sabe quando vai entregar a obra do novo prédio da escola Aristóbulo Barbosa Leão (ABL), na Serra. A construção deveria ter sido concluída em janeiro deste ano, o que não aconteceu, e tem um investimento de mais de R$ 12 milhões. A informação foi confirmada pela equipe do governador Renato Casagrande (PSB).
De acordo com o Departamento de Edificações e de Rodovias (DER-ES), será necessário, no mínimo, mais um ano de espera para conclusão dos serviços. O prazo, porém, pode ser ainda maior, já que novos serviços serão licitados pelo Estado para que a construção consiga avançar.
A obra foi iniciada nos últimos meses de 2020, pelo Governo do Estado, mas começou a ganhar forma somente nos últimos meses de 2021, quando, de fato, houve movimentação de obras no local. Em 2022, prosseguiu a ‘passos de tartaruga’. Agora, em 2023, segue lenta, mas em andamento.
No terreno, situado praticamente em frente ao Shopping Laranjeiras, em Parque Residencial Laranjeiras, é possível observar que, até o momento, apenas as estruturas metálicas – que compreende boa parte da estruturação do prédio principal – foram implantadas no local.
Assim que entregue, a nova sede da escola deve contar com 20 salas de aula comuns, um laboratório de informática, um laboratório comum, biblioteca, Centro de Idiomas, sala de dança, sala de música, quadra esportiva, duas miniquadras e um auditório.
Em nota enviada ao Jornal Tempo Novo, o DER-ES justificou o atraso na entrega da obra afirmando que o contrato com a empresa responsável pela construção segue vigente até dezembro de 2023. Disse ainda que o Estado encontrou dificuldades na entrega das estruturas metálicas utilizadas no prédio principal.
O DER-ES porém, não especificou o prazo exato para conclusão da obra. Disse somente que serão necessários complementos de serviços não previstos no edital inicial e informou sobre o início de uma nova licitação para climatização e outros serviços complementares. O problema é o prazo para que isso aconteça: 360 dias, contando após o final do processo de licitação e ordem de início.
Durante a assinatura da Ordem de Serviço da construção do novo prédio do ABL, em 2020, o governador Renato Casagrande prometeu, publicamente, que iria ‘dar fim a novela’ do ABL.
“Estou muito feliz em dar o último passo com a ordem de serviço para a construção do novo Aristóbulo Barbosa Leão e devolver a escola à comunidade. Alugamos um prédio, mas vamos dar fim a essa novela que se arrasta e construir essa escola que é uma das mais importantes do Estado”, disse o governador à imprensa.
A área do ABL, em Laranjeiras, tem 46 anos e começou a ser reformada em 2012. O custo divulgado na época era de R$ 9 milhões, e a reforma deveria ter sido entregue em julho de 2014. Porém, as obras foram paralisadas naquele ano. O motivo, de acordo com o extinto Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes), é que a empresa contratada para executar o serviço faliu e abandonou o trabalho.
Logo no início das obras em 2012 os alunos foram levados para um espaço provisório onde funcionava uma faculdade em Jardim Limoeiro, ao lado do cruzamento entre as rodovias Norte – Sul e ES 010. Ao longo desses anos, o prédio vem sendo motivos de queixas e protestos de estudantes, que alegam falta de estrutura. Dentre eles, espaço precário para educação física, ausência de ar condicionado, ventiladores e parte elétrica com problemas constantes, além dos riscos de assaltos nas redondezas.
O espaço alugado, em Jardim Limoeiro, custava, em 2019, cerca de R$ 80 mil de aluguel por mês aos cofres públicos. Até aquele ano, já haviam sido gastos cerca de R$ 5 milhões somente em aluguel. Os valores atualizados não foram divulgados pelo Governo do Estado.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) solicitando informações sobre o contrato de aluguel, mas a demanda não foi respondida. Os dados também não estão públicos no Portal da Transparência do Espírito Santo.
Enquanto as obras não andavam, o prédio do ABL, em Laranjeiras, ficou abandonado por quatro anos e foi demolido pelo Governo do Estado no final de 2018. Na época, o então secretário da Educação de Paulo Hartung, Haroldo Rocha, afirmou que o espaço estava sem ‘boas condições’ para continuar a reforma. A demolição custou R$ 290,7 mil.
Questionado sobre os valores gastos nas obras e os atrasos, Haroldo sugeriu “pensar positivo” e prometeu que a obra estaria licitada até o final de 2018, o que não aconteceu.
Vale lembrar que foi demolido somente o prédio principal da escola, onde aconteciam as aulas. Foram mantidas da estrutura atual, a cozinha e áreas de apoio, refeitório coberto, área de serviços, vestiário, auditório e quadra poliesportiva.
Em 2020, o governador Renato Casagrande iniciou a obra do novo prédio. O investimento inicial era de R$ 12 milhões e o prazo da entrega era janeiro de 2023, o que não aconteceu.
Somando os valores da reforma não concluída, dos aluguéis pagos e da demolição, o Governo do Estado já gastou cerca de R$ 14 milhões com a escola que ainda não está pronta.
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