Clarice Poltronieri
O Natal é o momento em que as pessoas se reúnem, seja em família, amigos ou ‘tudo junto e misturado’, para confraternizar e agradecer o ano que se aproxima do fim. E não podem faltar os rituais da decoração natalina e da ceia para celebrar o nascimento do ícone do Cristianismo, Jesus.
Luiz Paulo da Costa Giuberti, morador de Enseada de Jacaraípe, recebe a família todo ano no dia 24. “Montamos uma árvore de Natal onde colocamos os presentes. A ceia tem todas as comidas tradicionais: o chester, o peru, o tender bolinha, chocotone e um bom vinho. Após a ceia assistimos a missa do Galo. Já no dia 25 vamos para a casa de minha sogra onde cada um leva um prato e fazemos as brincadeiras de troca de presentes”, explica.
Em Castelândia, Rita de Cássia Reis caprichou na decoração. “Este será meu primeiro Natal com minha filha, por isso caprichei ainda mais na decoração, com árvore, guirlandas e presentes. Todo ano participamos da missa no dia 24 e ceamos junto em família, homenageando o nascimento de Jesus”, frisa.
E além da tradição das árvores de Natal, quem não falta em igrejas e algumas casas são os presépios, onde a cena do nascimento de Jesus é retratada com imagens.
Maria Elisa Ferreira Santos de Carvalho, de Morada de Laranjeiras, mantém a tradição desde a década de 1960, quando seu pai comprou o primeiro presépio, e desde então passou a colecioná-los.
“Aos quatro anos ganhei do meu pai o primeiro presépio. Como a família é muito católica, passei a ganhar de presente dos amigos e parentes e tenho até mesmo um que meus filhos fizeram em barro, quando eram crianças. Hoje, como eles estão longe, não passamos o Natal juntos, mas me reúno com vizinhos na Novena e na ceia”, narra.
Comunidade monta presépio na Igreja de Reis Magos
Na Igreja dos Reis Magos, em Nova Almeida, a comunidade se reúne para montar o presépio e a missa do dia 24 é o ápice, onde o nascimento do menino Jesus é apresentado à comunidade. A representante da liturgia paroquial, Maria das Dores Pereira Rosa, conhecida por Dora, conta como é feito.
“Esse ano nos reunimos em sete pessoas para montar o presépio. Montamos a cena e a cada semana do Advento, que são quatro, mudamos a posição dos Reis Magos, aproximando-o do local onde Jesus nasceu. E na missa do dia 24, Jesus, que não estava no presépio, é apresentado à comunidade e colocado na manjedoura. E apenas na festa de Reis, no dia 1° de janeiro, que o presépio é retirado, pois foi nesta data que ele recebeu a visita dos reis. Usamos imagens que foram compradas há muitos anos e são guardadas com muito carinho, pois hoje é difícil substituir, e compomos o cenário com materiais que temos à mão. Tudo com muita simplicidade, pois Jesus é simples”, relata.
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