Quase que semanalmente a Cesan avisa que irá fazer manutenção programada das redes de distribuição na Serra, que por isso irá faltar água em bairros da cidade. Mas o que seria essa manutenção programada? Tempo Novo ouviu o diretor operacional da empresa, Luiz Carlos Rodrigues, que explicou o que está acontecendo.
“A manutenção programada envolve duas situações. Uma é a preventiva, que é focada na manutenção dos dispositivos que integram o sistema, como elevatórias, reservatórios, canos, válvulas retentoras de pressão, ventosas. E acontece para evitar problemas que demandem manutenção emergencial, o que deixaria a população muito mais tempo sem água”, detalha Luiz.
A outra situação, prossegue o diretor, é que as redes de abastecimento do município estão recebendo investimento de R$ 100 milhões em 140 km de novas redes, que incluem a substituição de encanamentos antigos mais estreitos e a implantação em locais de expansão urbana, como novos condomínios e loteamentos.
E além disso, o investimento também abrange a setorização, que na prática vai evitar que o problema em algum trecho da rede afete muitos bairros de uma vez só. “A ideia é que cada setor tenha dois bairros. Assim será possível ter maior controle da água que chega a cada pedaço da cidade”, explica.
Segundo Luiz as obras para setorização estão acontecendo em toda a cidade. Já as expansões de rede e troca por canos de maior diâmetro focadas nas regiões do Civit e Jacaraípe. “No Civit devem ser concluídas até o fim do ano. Em Jacaraípe a previsão é para terminar em 2019. Isso dará maior oferta de água na cidade, o que foi possível por conta do reforço com a inauguração do sistema Reis Magos”, adianta.
Quanto a reclamação de moradores de que algumas regiões demoram mais do que outras a receberem água após uma interrupção, Luiz disse que acontece nas chamadas pontas de rede. “Setores mais próximos aos reservatórios se recuperam mais rápido. Locais que estão em ponta de rede como as regiões de Nova Almeida e Serra Dourada, por exemplo, demoram mais.
Racionamento
Questionado sobre o risco de racionamento, Luiz disse que por enquanto não há. “A represa no rio Santa Maria está com 77% da capacidade, o que é ótimo para esta época de menos chuva. Já o rio Reis Magos, mesmo sem represa tem vazão suficiente para a captação dos 500 litros por segundo do sistema”, garantiu.