Mesmo com relatório da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH) informando o contrário, a Cesan negou que mandou água com excesso de cloro para moradores da Serra.
Na última sexta-feira (26) a concessionária – que é uma estadual do governo do Estado – divulgou um comunicado dizendo ser “inverídica” a informação de que o produto químico usado na desinfecção da água captada nos rios Santa Maria e Reis Magos para atender os serranos e moradores de cidades vizinhas (confira ao final da matéria a nota divulgada pela Cesan).
O caso do excesso de cloro na água da Cesan que chega às torneiras veio a público no último dia 17 de fevereiro, quando a Agerh enviou nota técnica à Prefeitura confirmando o que a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) havia detectado em análises feitas no ano de 2020.
No documento a Agerh afirma que os compostos trihalometanos e ácidos haloacéticos, resultantes da adição no cloro da água, estavam com valores acima do previsto por lei nas amostras analisadas pela Sesa.
A Agência diz que a situação gera riscos à saúde, pede correção imediata e ainda recomenda que seja melhorados o monitoramento não só das estações de tratamento de água que atendem a Serra mas também as localizadas em outras cidades do ES. Entenda.
Para o secretário de Meio Ambiente da Serra, Cláudio Denícoli, criticou a Cesan. “A Cesan sempre tem essa posição. Ela nunca está errada, todo mundo é mentiroso e ela é a verdadeira. Cara, tem uma nota técnica da Agência Estadual de Recursos Hídricos, baseada em análise laboratorial. É uma denúncia que nem é nossa, mas do próprio estado”, frisa.
Na última sexta-feira (26) Cláudio informou que já notificou a Cesan, a Agência de Serviços Públicos do ES (ARSP) e Ministério Público sobre a situação.
Histórico de problemas
Nos últimos anos têm sido recorrentes reclamações de consumidores serranos sobre a qualidade da água que chega às suas torneiras. Em outubro de 2019 moradores da região da Serra Sede reclamaram do gosto e cheiro de sal e produtos químicos na água, além de relatarem que algumas pessoas passaram mal após consumirem o líquido. Naquele ano, após cobrança do deputado Vandinho Leite (PSDB), a Cesan acabou admitindo que mandou água salobra para os moradores.
E o problema mais recente foi registrado em Manguinhos, na última quarta-feira (24), quando moradores reclamaram da cor e cheiro do líquido nas torneiras.
Confira abaixo a íntegra da nota da Cesan sobre o caso do cloro.
A Cesan (Companhia Espírito-santense de Saneamento) produz 231 bilhões de litros de água por ano para 53 municípios do Espírito Santo. A regulação oficial de sua atividade é feita pela Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp) e o controle social pelos mais de 2,4 milhões de capixabas que são atendidos pela companhia. É uma empresa reconhecida por prestar serviços com regularidade, qualidade e com incontestável responsabilidade com a segurança da saúde humana.
Toda água produzida pela Cesan é analisada antes de ser distribuída, para garantir que esteja potável e própria para consumo. O monitoramento é diuturno e os resultados são enviados mensalmente às Vigilâncias Municipais, órgãos que estão sob a gestão das prefeituras. A prevenção e as soluções de anomalias são acompanhadas diariamente por profissionais especializados e equipamentos com alta tecnologia, em cumprimento à legislação sanitária vigente e por cuidado da Cesan com a vida das pessoas.
A complexidade da operação de um Sistema de Abastecimento de Água demanda melhorias contínuas e o processo de tratamento de água é sempre aprimorado, com a substituição de produtos químicos, por exemplo, visando sempre garantir a integridade e a qualidade da água fornecida. Não conformidades ocasionais e pontuais podem ocorrer, porém são muito raras. As avaliações são feitas em conjunto com o histórico do controle da qualidade, conforme recomendações contidas na legislação sanitária e são tratadas para garantir que a água oferecida à população esteja potável e para assegurar a manutenção desta condição são seguidos todos os procedimentos conforme determina a Portaria de consolidação n°5, anexo XX/17 MS.
A eficácia das ações tomadas está sendo confirmada com os resultados das recentes análises. Isto pode ser atestado pelas mais de 710 análises realizadas diariamente em laboratório certificado com ISO 9001 e acreditado na ISO IEC 17025. Fatos que demonstram serem equivocadas as informações de não conformidade no padrão de potabilidade por excesso de cloro na água distribuída pelo Sistema Reis Magos, localizado na cidade da Serra. A informação inverídica deve-se, possivelmente, ao desconhecimento ou à má intepretação textual da Nota Técnica Nº 03/2021/COHIP, em 11 de fevereiro de 2021, emitida pela Agência Estadual de Recursos Hídricos – Agerh que, com máxima clareza, reporta que a análise dos parâmetros apontados no documento não é realizada pela Agência e, sim, por instituições especializadas.
Estamos todos à disposição da sociedade civil, autoridades, órgãos fiscalizadores e reguladores.
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