Depois de um dia de trabalho ou atividades, nada melhor que uma boa noite de sono para recuperar as forças. E nessa hora vale tudo para aproveitar cada momento. As soluções vão desde receitas caseiras até medicamentos. Afinal, dormir bem pode evitar até mesmo o envelhecimento precoce.
A estudante Géssica Mayellens, de Jacaraípe, não abre mão de usar um tapa-olho antes de se deitar. Para ela o acessório é indispensável e evita dores de cabeça ao acordar. “Não consigo dormir com a claridade e só apagar a luz não adianta. Com um travesseiro macio também garanto uma ótima noite de sono”, diz.
Já o empresário Roberto Ferreira aposta em remédios naturais, que vai de chás a medicamentos a base de ervas. “Antes, só conseguia dormir até às 4h, após esse horário acordava muito, com a boca ressecada e tinha sono atribulado”.
A neurologista do Hospital Metropolitano Soo Yang Lee revela que ações simples podem ajudar e dá a dica: estar tranquilo algumas horas antes do sono, evitar atividade física e alimentos contendo estimulantes, como a cafeína. “Quanto aos chás, prefira melissa, erva-doce e camomila. Evite chá mate ou preto”, recomenda.
Soo Yang destaca que o sono é importante para repor hormônios e neurotransmissores gastos durante o dia. “O sono adequado, em qualidade e quantidade, ajuda a ter melhor desempenho na memória e aprendizado, favorece o humor, dá mais força e disposição físico, e melhora inclusive a pele, evitando o envelhecimento precoce”, explica.
Problemas
Mas nem toda a população consegue dormir bem. Na verdade, a maioria dela. Segundo dados do Instituto do Sono, 63% da população adulta do País têm alguma queixa relacionada ao sono.
A pedagoga Sônia Batista faz parte desta estatística. Com problemas sérios de insônia há um ano, recorreu à ajuda médica. “Mudei minha alimentação e faço uso de remédios para conseguir dormir bem”.
Além de insônia, entrem na lista dos problemas o ronco e apneia do sono, muito comuns entre as pessoas. O pneumologista e especialista em medicina do sono Cláudio Turra alerta que a maioria desses distúrbios estão ligados a outras patologias agravantes, como a hipertensão arterial, arritmia, obesidade e até mesmo um derrame cerebral (AVC).
Hoje já existe um exame para análise do sono e investigação dos distúrbios. A polissonografia é feita à noite, monitorando o sono e os registros são analisados por especialistas. “Com um diagnóstico firmado do distúrbio do sono, é mais fácil indicar tratamento específico para cada caso”, afirma Turra.
DADOS PARA INFOGRÁFICO
6 a 8 horas é a média de sono ideal para um adulto jovem
63% da população adulta do País têm queixa relacionada ao sono
3% da população mundial tem algum distúrbio do sono
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