A taxa de juros do cheque especial continuou batendo recordes. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta quarta-feira (27), a taxa do cheque especial aumentou 4,7 pontos percentuais de maio para junho, quando chegou a 315,7% ao ano. Essa é a maior taxa da série histórica do BC, iniciada em julho de 1994.
Em 2016, a taxa do cheque especial subiu 28,7 pontos percentuais em relação a dezembro de 2015, quando estava em 287% ao ano.
Já taxa de juros do rotativo do cartão de crédito caiu 0,6 ponto percentual de maio para junho. Mesmo assim, continua sendo a mais cara entre as pesquisadas pelo Banco Central. Em junho, ficou em 470,9% ao ano.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do BC.
Compras parceladas e crédito pessoal
A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 0,5 ponto percentual e ficou em 149,5% ao ano.
A taxa do crédito pessoal caiu 1,5 ponto percentual indo para 128,3% ao ano. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) diminuiu 0,2 ponto percentual e está hoje em 29,4% ao ano.
A taxa média de juros cobrada das famílias teve redução de 0,3 ponto percentual, de maio para junho, quando ficou em 71,4% ao ano. A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, teve redução de 0,2 ponto percentual e está em 6,1%.
A taxa de inadimplência das empresas também caiu 0,2 ponto percentual e ficou em 5,1%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas ficou estável: 30,3% ao ano. Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas subiu 0,1 ponto percentual para 10,5% ao ano.
A taxa cobrada das empresas sofreu redução de 0,2 ponto percentual indo para 11,7% ao ano. A inadimplência das famílias ficou em 1,7%, com queda de 0,4 ponto percentual em relação a maio. A taxa de inadimplência das empresas chegou a 1,1%.
O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos caiu 0,5% em junho e 2,8% no ano. No mês passado, o saldo ficou em R$ 3,130 trilhões. Esse valor correspondeu a 51,9% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) – ante o percentual de 52,5% de maio deste ano.
Fonte: Agência Brasil