Apesar das chuvas deste fim de semana, ainda há focos de incêndio nas turfas ao redor do Mestre Álvaro. Mas segundo moradores de José de Anchieta, o mais próximo dos focos, a fumaça já houve redução da fumaça que há semanas castiga a região.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura da Serra, carros pipa do município junto com homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros seguem trabalhando na área para combater os focos.
A turfa é uma camada de restos vegetais acumulada no solo das áreas alagadiças do entorno do Mestre Álvaro. Como todo o estado está passando por uma severa estiagem, o terreno secou e a turfa entrou em combustão.
Segundo o Aspirante do Corpo de Bombeiros, Gabriel Caliman, o fogo pode ter começado tanto por conta de incêndios em lixões clandestinos do entorno quanto que espontaneamente.
Gases tóxicos
E a situação vai muito além do impacto ambiental. O incêndio da turfa libera os gases monóxido de carbono e enxofre, o que de acordo com a Presidente da Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo, Ciléia Martins, aumenta sensivelmente os casos de doenças respiratórias.
E gera custo com remédios que, dependendo do quadro, pode ser de R$ 150 a R$ 300 por paciente. Dentre os problemas conjuntivite química, tosse seca, bronquite, sinusite e crise de asma.
Ciléia atende no hospital Metropolitano em Laranjeiras e disse que houve um crescimento na incidência dessas doenças juntos aos moradores da Serra nas últimas semanas, fato que ela atribuiu a presença da fumaça.
Na última quarta (25) pacientes com problemas respiratórios procuravam os postos de saúde nos bairros José de Anchieta e Jardim Tropical.