As fortes chuvas que atingem o Espírito Santo desde o fim de semana deram uma trégua durante a manhã desta quarta-feira (10), mas as águas que já caíram nos últimos dias causaram estragos que estão sendo sentidos por moradores de áreas de risco. Na Serra, foram oito ocorrências atendidas e registradas pela Defesa Civil do Estado. Em todos os casos, residências foram interditadas e, ao todo, já são 33 pessoas desalojadas.
A reportagem apurou informações sobre os problemas que já ocorreram. Entre eles, está uma casa em Jacaraípe, onde houve destelhamento da residência e uma pessoa ficou ferida, mas passa bem. Em Planalto Serrano Bloco B, ocorreu deslizamento de talude. Já em Campinho da Serra, parte de uma residência desabou após fortes chuvas.
Também ocorreram problemas em Balneário de Carapebus, onde uma fossa estourou e danificou a base de uma casa. Já em Serra Dourada III, uma ribanceira caiu e atingiu parte da residência localizada abaixo. Em Planalto Serrano, a queda de muro também fez uma casa ser interditada.
Em outros dois bairros não identificados, ocorreram as seguintes ocorrências: infiltração em paredes, trincas e fissuras em imóvel. Além de outro muro com risco de colapso e desabamento.
Segundo a Defesa Civil, no total, a Serra já possui 33 moradores desalojados – pessoas que foram obrigadas a abandonar temporariamente ou definitivamente sua habitação. A cidade também foi classificada com risco alto para movimento de massa, ou seja, é grande a possibilidade de novos deslizamentos.
O Estado não detalhou em quais regiões isso pode ocorrer. No entanto, um levantamento feito pelo TEMPO NOVO mostra que a cidade possui, pelo menos, seis pontos críticos distribuídos nos bairros José de Anchieta II, Diamantina, Jardim Carapina, Serra Dourada II, Vista da Serra I e encosta Reis Magos, em Nova Almeida.
Em José de Anchieta II, por exemplo, há uma grande ribanceira que sempre preocupa os moradores. O problema ocorre há anos na rua Santa Luzia e o barranco já desabou diversas vezes, inclusive causando interdição total da via pública. Abaixo do local, existem casas, comércios e igreja. Todos temem possíveis tragédias.
Apesar desta quarta-feira amanhecer com o céu aberto, poucas nuvens e nenhuma chuva na Grande Vitória, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), afirma que o tempo segue instável na quarta-feira no Espírito Santo, mesmo com o enfraquecimento da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Aponta ainda que há previsão de chuva ao longo do dia em algumas regiões, sendo que na região Metropolitana pode chover após as 12 horas.
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