Por Clarice Poltronieri
Após um grave acidente que matou o ciclista Danilo Simões na rodovia Audifax Barcelos no último sábado (29), fica a dúvida: andar de bike na Serra é seguro? No Estado, o maior número de ciclovias estão aqui – são cerca de 55 km de extensão – mas há ainda grandes desafios para que o uso da bicicleta a lazer, esporte ou trabalho se torne uma forma de transporte.
Um dos maiores problemas para os ciclistas na cidade é a ligação entre as ciclovias. “Falta interligação entre elas, que são os pontos de maior risco. Outros problemas são o conflito de uso com pedestre na Avenida Paulo Pereira Gomes, as conversões irregulares de carros na Avenida Eldes Scherer”, relata Lindomar Gomes, ativista do ciclismo no município.
Os desafios, seja para os atletas de alto rendimento na modalidade speed, que andam cerca de 50 km/h, seja para os cicloturistas, que apenas curtem andar de bike, começam principalmente pela educação dos motoristas.
Já o ciclista Clébes José André, aponta outros desafios para a segurança de quem pedala na cidade. “Temos um grupo de cerca de 150 atletas e apreciadores e faltam placas informando aos motoristas que ali é local de treino, como em outros estados têm. Em grupos grandes, como este, o risco é menor, pois os carros nos veem de longe, mas um apoio do trânsito e sinalização ajudariam”, explica.
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Silas Maza, concorda e diz que a prioridade do município é fazer tais ligações. “Temos projetos prontos que só falta convênio com o Estado, como o caso da ciclovia que liga Carapina à Laranjeiras via Norte-Sul, e de Barcelona a Porto Canoa que precisa sinalizar. Mas se não houver convênio até dezembro, o município fará com recursos próprios”.