Por Eci Scardini
Em época de ‘vacas magras’ e baixos investimentos privados, a Serra está na iminência de perder para São Paulo um grande projeto logístico projetado para ser construído em Vila Nova de Colares, um dos bairros mais populosos e carentes do município. O investimento global previsto é de R$ 225 milhões, sendo R$ 25 milhões em infraestrutura e R$ 200 milhões em obras civis, que incluiriam hospital, shopping popular e galpões para distribuidor logístico.
O arquiteto e autor do projeto, Oswaldo Afonso Pinto, disse que o entrave está na demora para mudar as regras do uso do solo na região, condição necessária para a implantação do empreendimento. Segundo ele, a empresa proprietária da área e financiadora do projeto está indignada com a demora da Prefeitura em suas decisões.
“Tem mais de um ano que temos trabalhado a mudança de uso da área junto à Prefeitura de forma a permitir a construção do empreendimento na região. Só na Câmara o projeto que prevê essa alteração se encontra parado há seis meses”, reclama.
O empreendedores desejam duplicar a via que liga a avenida Talma Rodrigues (na entrada do bairro) à ES 010, perto do posto da Polícia Rodoviária Estadual, incluindo implantação de canteiro central e ciclovia. E também um hospital, um shopping center popular e espaço para a construção de galpões, que seriam alugados para empresas voltadas para a distribuição de mercadoria.
Oswaldo destaca que o projeto é um grande demandador de mão-de-obra e seria muito importante para contribuir para a melhoria da qualidade de vida de população do entorno, considerada uma das mais carentes da Serra.
Ela conta que a empresa interessada faz parte de um dos maiores grupos empresariais do Espírito Santo, com atuação em São Paulo e em outros estados da Federação. Ela tem compromisso com os seus acionistas e a lentidão do poder público local está criando dificuldades entre a direção e os acionistas.
Tempo
“Precisamos saber se a Serra tem ou não interesse no projeto e quando essas alterações irão ocorrer. Se demorar, a decisão de ir para São Paulo já estará tomada. É uma questão de tempo” conclui o arquiteto.
Através da assessoria de imprensa, o secretário de Desenvolvimento Econômico Erly Vieira disse que não comenta as declarações do arquiteto, uma vez que as alterações necessárias para a implantação do projeto dependem de aprovação na Câmara de Vereadores.
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