Por Clarice Poltronieri (freelancer)
Maior e mais industrializada cidade do Espírito Santo, a Serra sempre reserva uma boa surpresa. Uma delas tem as cores e sabores desenvolvidos por empresários que apostam no crescimento do mercado de chopes artesanais: trata-se do Brusk Chopp, cuja fábrica funciona em Novo Horizonte desde 2007.
A história começou quando o mestre cervejeiro Emiliano Gaúcho, formado pela Dado Beer de Porto Alegre, desenvolveu uma fórmula artesanal de produção de chope, em Santa Luzia, Minas Gerais. Lá nasceu a primeira fábrica do chope Brusk, em 2001. Em 2007, a experiência foi trazida para a Serra.
Segundo o proprietário da empresa, Carlos Alberto ‘Gaúcho’ Tolentino, a filosofia é oferecer um produto de qualidade diferenciada a um público mais exigente. Com um investimento inicial de cerca de R$ 300 mil, Tolentino disse que o município foi escolhido por causa da qualidade de água, da expansão do mercado e da posição da cidade no contexto capixaba. A empresa possui duas filiais de vendas, uma em São Mateus e outra em Linhares.
O empresário explicou que o diferencial do chopp está na ausência de produtos químicos e conservantes no processo de produção. “Como o processo é artesanal e sem adição de produtos para conservação, o chope é feito para consumo imediato, pois sua validade é de quatro dias. O processo artesanal diminui inclusive a ressaca, sensação comum a quem consome os chopes industrializados”, explica.
Chope x cerveja
A diferença da produção de chope para a de cerveja é que essa recebe uma etapa a mais na sua fabricação, onde recebe mais gás e os produtos químicos. Isso torna o chope uma bebida de baixa fermentação, mais fresca e com menos gás que a tradicional “cervejinha”. Os ingredientes usados são uma água de boa qualidade, malte (feito da cevada), cereais cervejeiros, carboidratos e lúpulo. A empresa possui registro no Ministério da Agricultura e gera quatro empregos diretos. A produção ainda é pequena, cerca de dez barris por semana.