Thiago Albuquerque
Do dia primeiro de janeiro até à tarde da última quinta (14) 148 pessoas foram assassinadas na Serra. De janeiro a junho, foram 142 casos, contra 172 homicídios no mesmo período do ano passado, uma redução de 17%. Apesar de ainda altos, os números vem refletindo uma tendência de queda da violência nos últimos meses.
Tanto que os 15 assassinatos contabilizados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) em junho na Serra, colocam o mês como o menos violento dos últimos dez anos neste quesito. Esta informação é do comando da PM na cidade.
Para o secretário de Defesa Social do município, Nylton Rodrigues, está havendo maior integração entre os órgãos de segurança pública. “A integração da Prefeitura, das Polícias Militar e Civil, Ministério Público e Judiciário está dando resultados positivos. No próximo dia 25 de julho começa o curso de formação da Guarda Municipal, que é mais uma ação para contribuir para a redução da criminalidade”, adianta.
Responsável pelo policiamento do município, o comandante do 6º Batalhão da PM, Tenente-Coronel Welinton Ribeiro, fez coro ao discurso do secretário Nilton a respeito da integração entre os órgãos. E também atribuiu a redução à polêmica Lei dos Bares, que limita o funcionamento desses estabelecimentos nas madrugadas da cidade.
Coincidência ou não, nos meses mais frios como junho, o número de homicídios recua. Para o pesquisador especialista em Segurança Pública, Pablo Lira, o clima pode até ter influência na queda, mas não é o fator decisivo.
“Os crimes estão associados às características estruturais, sociais, culturais e econômicas dos indivíduos e da coletividade. Fatores ambientais, como um dia chuvoso, podem reduzir a circulação de pessoas nas ruas. A probabilidade de um crime ocorrer aumenta se três condições convergirem: existência de um ator motivador, uma vítima em potencial e um ambiente favorável”, explica.
