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“Cloroquina é propagandeada como uma poção mágica por charlatões”, diz Contarato

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Com sua contumaz postura crítica, o senador Fabiano Contarato (Rede) sobe o tom contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele diz que a democracia brasileira está em risco e critica as ações do Governo Federal no combate ao coronavírus. Sobre o ES e a Serra, Contarato avalia positivamente as ações do governador Renato Casagrande (PSB) e do Prefeito Audifax Barcelos (Rede), respectivamente. Por fim, sobre eleição, o senador confirmou que apoiará a candidatura a prefeito da Rede na Serra.

1. Como avalia a condução das ações por parte do Governo Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus?

Senador Contarato: O que esperar de um governo que não é transparente, ataca constantemente várias instituições e viola os direitos fundamentais que estão na nossa Constituição Federal? Infelizmente, não podemos esperar mais do que todas as atrocidades que estão acontecendo. Além de transformar o Ministério da Saúde num quartel, sem nenhuma ancoragem científica, o presidente tenta ocultar o número de mortos, sonegando informações.

2. Quais foram os principais erros e acertos do Governo Federal na sua avaliação?

Senador Contarato: São milhares mortos e milhões de desempregados. Quais as soluções do presidente? Nenhuma! O chefe do Poder Executivo não institui políticas públicas no combate à doença. As decisões, inclusive, são criticadas por órgãos internacionais. Faz pouco caso dos mortos, defende armar a população e ameaça as instituições de golpe, criando ainda mais instabilidade. Infelizmente, a vaidade e a disputa política no governo têm prevalecido ao interesse público. O governo federal tem cometido graves erros cujas consequências são perdas de vidas humanas, os números de mortes pela Covid-19 não param de crescer. Um dos fatores positivos foi o auxílio emergencial, em que o Senado Federal deu uma resposta bem eficiente para as pessoas que estão mais vulneráveis nesse momento de pandemia. Inicialmente o Governo propôs que o auxílio seria de 200 reais, mas o Senado autorizou o benefício de 600 reais, atualmente pagos. Isso que nós aprovamos é o mínimo, mas é o início de grandes conquistas, pois nós temos que dar uma resposta para a população brasileira. Sou favorável a estendermos o auxílio emergencial, pagando R$ 600. Estamos vivendo tempos difíceis e tristes no país.

3. Qual sua opinião em torno da política de distanciamento social e fechamento de estabelecimentos comerciais?

Senador Contarato: Temos que manter o isolamento social porque o país está numa fase ainda mais difícil na tentativa de controle do coronavírus. Quanto mais gente na rua, mais contaminação. É preciso ter consciência! As pessoas que podem devem ficar em casa. A economia é importante, mas não é mais valiosa que as vidas! Os estados e municípios precisam urgentemente de apoio do governo federal para auxiliar na saúde e também para oferecer ajuda financeira a quem empreende e emprega no país. Muitas pessoas perguntam de onde vai sair o dinheiro na crise. Dinheiro tem. O próprio Governo diz que, com a crise, o Banco Central liberou R$ 1,2 trilhão em recursos. É a prova de que o governo federal está muito mais preocupado com os bancos, do que com a população que mais sofre.

4. Como senador, qual sua posição em torno do uso da cloroquina que foi politizada, especialmente após ser defendida pelo presidente?

Senador Contarato: A cloroquina é propagandeada como uma poção mágica por charlatões: a saúde pública nunca foi exposta a tamanho risco com fins meramente eleitoreiros. A comunidade médica precisa reagir a esse crime de lesa-humanidade do presidente!

5. O Sr. acredita que em algum momento o Brasil poderá se tornar epicentro mundial do coronavírus?

Senador Contarato: O Brasil já é o segundo país do mundo com mais mortes causadas em decorrência de coronavirus e, também, o segundo em mais casos registrados de contaminação por Covid-19. Além disso, a América do Sul é o novo epicentro da doença, sendo o Brasil o país mais afetado, segundo a OMS. A hora é da solidariedade e do respeito às pessoas. Ainda não sabemos quanto tempo essa pandemia irá durar, mas não podemos perder a nossa fé e esperança por dias melhores.

6. Quais suas principais propostas como parlamentar para mitigar os impactos da pandemia na sociedade? Algumas delas foram aprovadas?

Senador Contarato: No Senado, apoiei e aprovamos medidas importantes, como: o auxílio emergencial de R$ 600 para os trabalhadores informais e a expansão da lista de beneficiados, o programa de crédito para micro e pequenos empresários, a distribuição de alimentos da merenda para alunos com aulas suspensas, entre outras. Também propus algumas medidas que foram aprovadas, dentre elas, a proibição de demissões de empregados de pequenas e micro empresas que aderirem ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e a redução da taxa de serviços das empresas de aplicativos, com repasse aos motoristas e entregadores. Essa última foi aprovada no Senado e vetada pelo presidente, estamos batalhando para derrubar o veto. Outra proposta importante, que não posso deixar de mencionar, é a instituição um piso nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras, que estou pedindo votação urgente. Eles merecem o reconhecimento de seus esforços!

7. E sobre a governabilidade de Bolsonaro no Congresso, como está o cenário? Há indicativos de que houve articulação junto aos chamado ‘Centrão’, procede?

Senador Contarato: 70% da população não aprova negociatas com o Centrão, acham Bolsonaro péssimo/ruim/regular. Aprova o isolamento social e não aplaude os desmandos do presidente. É preciso governar para todos. Somos um país.

8. Você acredita que Bolsonaro se mantém no cargo até o final do mandato? Você acredita em ruptura institucional no país?

Senador Contarato: Até o início de junho, havia 41 pedidos de impeachment nas mãos do Presidente da Câmara dos Deputados. O que se discute, em Brasília, é se este seria o momento conveniente para tanto, pois o país está atravessando a grave pandemia do coronavírus. Entendo que sim porque o Presidente da República conspira contra a democracia reiteradamente. Trair a democracia é trair os brasileiros.

9. Como um dos líderes políticos do ES, como avalia o desempenho do Governo ES na luta contra a Covid-19?

Senador Contarato: No Espírito Santo, o Governo Estadual tem se empenhado na proteção da população. Ações pertinentes foram adotadas, como: as ampliações de leitos nos hospitais, aquisição de respiradores. Mas vimos, nesses últimos dias, que o número de óbitos provocados pela Covid-19 subiu. É preocupante a baixa adesão dos capixabas ao isolamento e a crescente taxa de ocupação de leitos. Medidas mais restritivas precisam ser avaliadas. Até quinta-feira (25), registramos 1.490 mortes. O número de casos confirmados foi para 40.406. A questão central é que todos os estados estão precisando de mais apoio do governo federal, que tem falhado na coordenação do processo, em geral. Veja agora a questão da compra desses medicamentos. Os governadores precisam do apoio do Ministério da Saúde para intermediar a compra de remédios a serem usados nas unidades de terapia intensiva (UTIs) que recebem pacientes infectados pelo novo coronavírus. Isso é muito grave.

10. Como avalia as ações de responsabilidade da prefeitura da Serra em torno da pandemia?

Senador Contarato: A Prefeitura da Serra tem tido um importante desempenho na ajuda ao combate à pandemia, realizando significativas ações na área da Assistência, Saúde e Segurança. Tenho acompanhado que estão doando cestas de alimentos com regularidade, foram abertos mais leitos para pacientes da Covid-19 na UPA de Castelândia, distribuição de kit’s de higienização à população, dentre outras ações de prevenção, além da constante fiscalização de funcionamento do comércio para evitar aglomerações. Avalio como positiva a atuação da gestão da cidade.

11. O Sr. vai apoiar alguma candidatura em 2020?

Senador Contarato: Sim, vou apoiar as candidaturas da Rede Sustentabilidade nos municípios. A Rede tem duas administrações muito bem avaliadas em Macapá (AP) e na Serra (ES), queremos ampliar nossos números de prefeitos e vereadores em todo Brasil.

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