Imagina a seguinte cena: você está na praia, decide entrar na água e se depara com uma cobra circulando pelas areias do balneário. Pois foi isso que aconteceu com banhistas de Manguinhos, na Serra, nesta semana. O TEMPO NOVO recebeu imagens do animal e conversou com ambientalistas para saber mais sobre essa cena, que diga se de passagem, é bem curiosa.
Internautas que acompanharam a situação ficaram assustados, já que não é todo dia que se encontra uma cobra circulando pelas areias. No entanto, vale ressaltar, que segundo Biólogo ouvido pela reportagem, Manguinhos possui muita vegetação ao redor do balneário, o que faz situações como essa ocorreram.
De acordo com Cláudio Santiago, o animal é venenoso, mas é bem difícil de transmitir esse veneno para uma pessoa, mesmo com uma picada. Trata-se da espécie “Philodryas olfersii”.
“É interessantíssimo vê essa serpente na praia. Elas se alimentam de pequenos mamíferos, roedores pequenos, de largatos, pequenas aves. Ela tem veneno, só que o dente de inocular o veneno fica lá no fundo da boca. É raro de ter acidente sério. Só quando a pessoa pisa nela ou sem saber vai querer pegar ela na mão. Só que ela teria que abocar muito bem. O maior risco é pra criança”, disse.
Cláudio ainda afirmou que a cobra é muito ágil. “Ela pode chegar a um metro e quarenta. Ela também tem características de uma serpente agressiva. Se chegar perto ela vai querer fugir, levantar o pescoço para se impor, mas em geral é uma cobra bem tranquila e que não apresenta risco iminente”, destacou.
O biólogo também disse que não é comum encontrar essa espécie em praias. “Eu nunca tinha visto (essa cobra na praia), ainda mais por se tratar de água salgada. Já vi em beira de rios. Mas como em Manguinhos tem muita vegetação, o lugar é bem arborizado, eu não duvido que ela tenha dado um rolê ali em busca de algum invertebrado. Não está ali atoa. Ela não é uma cobra aquática. Então ela foi ali interessada em alguma coisa. Foi se refrescar, tomar uma solzinho da manhã para dar uma esquentada para a atividade dela ou em busca de alimento”.
Por fim, ele alertou que não se deve mexer com o animal em hipótese alguma. “É o mesmo e velho conselho de outras situações. Viu uma serpente. Não chega perto. Observa o animal. Contempla. Tira foto. Faz o que quiser, mas não vai querer interferir na dinâmica dele. Não vai mexer com ele com objetos”, alertou.