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Colapso na Samarco preocupa políticos e empresários do ES

 

A deputada Janete alerta para o agravamento do cenário de desemprego. Foto: Divulgação

Por Conceição Nascimento

Com as ações em queda livre, a Vale e BHP, joint venturi da Samarco, devem apertar o cinto para evitar o estrago econômico que pode resultar do acidente ocorrido em Mariana, Minas Gerais, com o rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração, cujo estrago ambiental atingiu também o Espírito Santo, especificamente no Rio Doce, que banha cidades em ambos os estados.

Considerando-se o cenário econômico que o país atravessa, e a cadeia produtiva que envolve a atividade de mineração – logística, siderurgia, metalmecânica, por exemplo -, pode trazer impactos negativos na economia no país, do Espírito Santo e, consequentemente da Serra, município onde estão instaladas duas das principais empresas do segmento: Vale e ArcelorMittal.

Para o empresário Leonardo de Castro, vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), ainda é cedo para afirmar os impactos, já que não existe nenhuma conclusão consistente da profundidade dos danos causados. “Não existe ainda posição consistente sobre o volume do dano que pode ser causado. A história da Samarco é de uma empresa que sempre teve responsabilidade social, ambiental e empresarial exemplar. Acredito que vai tomar as medidas necessárias para superar este momento. É uma empresa importante na economia capixaba e a redução nas atividades, temporariamente, vai impactar no negócio específico e nos setores ligados, metalomecânico e de serviços, por exemplo, que acabam sendo menos demandados”, avaliou.

O secretário de Estado de Desenvolvimento, José Eduardo de Azevedo, disse por meio de nota que “ainda não é possível adiantar impactos, mas o Governo,  junto a vários setores, está com ações proativas para alertar a população e cuidar para que os efeitos sejam minimizados”.

A deputada estadual Janete de Sá (PMN) acredita que podem ocorrer dificuldades econômicas, em função das operações da Samarco, como férias coletivas. “Mas não temos dúvidas de que o impacto reflete no emprego e na economia, o que preocupa a classe política, principalmente a mim, que venho de uma vertente sindical”, afirmou Janete.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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