A superchuva que atingiu a Serra durante a noite desta quarta-feira (10) foi de impressionar. E não é por pouco. Centenas de estragos foram registrados pelos bairros da cidade em poucas horas. Entre eles, alagamentos, deslizamentos de ribanceiras, queda de ponte e muitas residências invadidas por esgoto e água da chuva. De acordo com a Defesa Civil, o município recebeu 184 milímetros de chuva em apenas 24 horas e é onde mais choveu em todo o Espírito Santo.
O TEMPO NOVO esteve acompanhando toda a situação sofrida pelos moradores durante o momento da chuva. Moradores de diversos bairros sofreram com os transtornos causados. A comunidade de Planalto Serrano é uma das mais afetadas. Por lá, uma ponte que fazia passagem de rua por cima de valão tomado por esgoto não aguentou a força da correnteza e desabou. Ninguém ficou ferido, mas um carro ficou preso nas margens da antiga ponte.
Próximo a área que cedeu, existem muitas casas e, inclusive, esse é o principal medo dos moradores próximos, já que essas residências podem ceder. No vão aberto pela força da água, uma enxurrada atravessa e leva ainda mais terra das margens.
Em Eldorado, casas de populares foram completamente alagadas e uma verdadeira enxurrada se formou em vias públicas. Por lá, moradores precisaram nadar em meio ao esgoto para sair do alagamento. Situação complicada também ficou no viaduto da região, que foi coberto por água.
Como de costume, o trecho da BR-101, situado em frente ao supermercado EPA ficou interditado por mais de quatro horas após alagamentos. Na região, motoristas se arriscaram para atravessar a pista, seja no sentido Vitória x Serra ou Serra x Vitória.
Em Barcelona, segundo moradores, a avenida Região Sudeste também foi tomada por água da chuva. Carros ficaram ilhados no meio da via.
Em Parque Residencial Laranjeiras, a avenida Eudes Scherrer de Souza ficou alagada no trecho próximo ao terminal do Transcol.
Serra tem seis pontos críticos para deslizamentos
A Defesa Civil Estadual colocou a Serra em alerta para perigo de deslizamentos. Vale destacar que na cidade existem seis pontos críticos deste tipo de ocorrência distribuídos nos bairros Diamantina, Jardim Carapina, José de Anchieta II, Serra Dourada II, Vista da Serra I e encosta Reis Magos, em Nova Almeida. Algumas dessas comunidades também sofrem risco de alagamentos, como José de Anchieta II.
