Encerrado o processo eleitoral que resultou na eleição de Rodrigo Caldeira (Rede) como presidente da Mesa Diretora, dois grupos seguem trocando farpas na Câmara da Serra. A oposição garante que o prefeito “não manda mais na Casa”. O racha entre governistas e oposicionistas pode se configurar em uma barreira para a governabilidade do prefeito Audifax Barcelos (Rede). Caldeira foi eleito com 13 votos, enquanto o grupo de vereadores aliados do prefeito se retirou do plenário.
Segundo Rodrigo Caldeira, a Câmara não deve emperrar as ações do Executivo, e “propostas de autoria do prefeito que sejam boas para a cidade serão aprovadas. Mas o que vier do Executivo com pegadinhas, um projeto mudando um monte de leis e coisas obscuras, daí temos que conversar melhor. Vai ser uma relação ótima”, disse.
Caldeira acrescentou que até o momento não foi procurado pelo prefeito para falar sobre as ações envolvendo Legislativo e Executivo. “Até agora não me procurou”, limitou-se a dizer.
O presidente da Comissão de Justiça, Nacib Haddad (PDT), comentou como avalia a relação entre Câmara e Executivo na análise de projetos. “Vai ter que dialogar e conversar, não cabe mais dizer que quer assim. É um ano de diálogo e conversa e ele não manda mais na Casa”.
O vereador Pastor Aílton (PSC) argumentou que o grupo de oposição não quer atrapalhar a governabilidade do prefeito.
“Se o projeto for bom vai passar e se não vamos rejeitar. Não tem mais uma Câmara submissa, mas independente. Aquela submissão acaboue não existe mais o governo de faraó”, opinou.
Aliado de primeira hora do prefeito, o vereador Guto Lorenzoni (Rede) alerta para a responsabilidade dos vereadores sobre as questões envolvendo a cidade.
“A responsabilidade da votação de matérias cabe a cada vereador. Haverá governabilidade em uma Câmara independente como se deve ser, analisando com responsabilidade as matérias do Executivo em prazos regimentais”, disse Guto.
O prefeito Audifax foi procurado, mas até o fechamento dessa edição, não foi possível o contato.